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1/4 dos empresários espera faturamento próximo ao de 2019

09 de Agosto de 2020 às 00:01

1/4 dos empresários espera faturamento próximo ao de 2019 Efeitos da pandemia reduziram a projeção de ganhos para maioria dos segmentos em 2020. Crédito da foto: Divulgação / CDL

Cerca de um quarto do empresariado da região Sudeste estima que os rendimentos de suas empresas neste ano, marcado pela crise do coronavírus, será muito próximo do faturamento de 2019. Os dados são da “Pesquisa nacional sobre o Impacto da Covid-19 nos Negócios”, organizada pela consultoria KPMG, que entrevistou 91 empresários em todo o Brasil, a maioria deles donos de negócios no Sudeste (65,9%).

Além dos 25% que disseram esperar receita similar à do ano passado, 23% das empresas informaram que o faturamento deve diminuir entre 10% e 25%, 8% disseram que deve diminuir entre 25% e 50% e outros 8% que deve diminuir em mais da metade do arrecadado em 2019. Por outro lado, 10% estimam que o faturamento deve aumentar em 2020 em até 10% e 11,6% dos entrevistados esperam alta entre 10% e 25% na receita anual.

Já para 2021, as previsões dos empresários são mais animadoras. Entre os consultados, 26,6% têm perspectiva de que, em comparação com 2020, o faturamento anual cresça em até 10%, enquanto 41,6% estimam aumento entre 10% e 25% e 15% esperam alta de 25% a 50%. Apesar do otimismo da maior parte dos donos de negócios no Sudeste, há também aqueles que esperam para 2021 um faturamento similar (10%) ou ainda menor (6,6%) ao deste ano.

Para André Coutinho, sócio-líder de Clientes e Mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul, as empresas do Sudeste têm demonstrado muita resiliência em meio à pandemia. “Apesar dos efeitos negativos da crise, há uma boa parcela de empresas atentas ao mercado para, dentro do possível, mitigarem riscos e buscarem novos negócios”, afirmou André Coutinho.

Levando em conta os dados coletados pela pesquisa nas outras regiões brasileiras, as estimativas passam a ser mais preocupantes. De acordo com um quarto (25,2%) do empresariado nacional, em

2020 há previsão de que o faturamento recue entre 10% e 25%, enquanto 18,68% afirmam que a renda para este ano será muito próxima a de 2019. Com 13,19% das respostas, ficaram empatadas as expectativas de aumento de até 10%, de queda de até 10% e de recuo de 10% a 25%.

O otimismo visto no Sudeste, porém, permanece nas estimativas para 2021. Dos entrevistados, 34% esperam aumento da receita entre 10% e 25%, enquanto 30,7% dizem que o faturamento deve crescer acima de 25%. Estima um aumento de até 10% uma fatia de 17,58% dos participantes e outros 11% dizem que os rendimentos devem estagnar em relação a 2020. Apenas 6,6% são pessimistas quanto aos resultados do ano que vem e esperam queda nas receitas. (Gabriel Caldeira - Estadão Conteúdo)