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Wry sobe aos palcos do Febre com ‘Noites Infinitas’ na sexta

09 de Dezembro de 2020 às 00:01

Wry sobe aos palcos do Febre com ‘Noites Infinitas’ na sexta Banda sorocabana apresenta novo álbum no festival, que segue até sexta. Crédito da foto: Ana Érica / Divulgação

Começa hoje e prossegue até sexta-feira (11) a 6ª edição do Febre Festival e Conferência de Música de Sorocaba que, neste ano, devido ao isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, será realizado totalmente em ambiente digital, com transmissão ao vivo e gratuita nos canais do Youtube do Sesc Sorocaba e do Febre. Um dos destaques da programação deste ano é o show da banda sorocabana Wry, que apresentará pela primeira vez, ao vivo, as canções do recém-lançado álbum “Noites infinitas”. A apresentação ocorre na sexta-feira (11), às 21h15, no canal do Youtube do Febre, fechando a programação do festival.

Sexto álbum de estúdio da banda, “Noites infinitas” foi disponibilizado em 30 de outubro em todas as plataformas digitais pelo selo OAR, das bandas Boogarins, Particle Kid. Vocalista e guitarrista Mario Bross assinala que, mesmo sem a presença e o calor do público, o show de lançamento do novo trabalho é especial, pois marca a primeira vez que a banda toca junta desde o início da pandemia, em março. Neste hiato longe dos palcos, a banda chegou a fazer shows em ambiente virtual, como no festival [REC]omeço, do Sesc Sorocaba, mas com participações gravadas de casa e editadas. “A gente está muito feliz em poder se unir novamente para mostrar esse trabalho”, comenta Bross, que assina a produção do álbum.

Além de Mario Bross (vocal, guitarra e synth), a Wry é formada por Luciano Marcello (guitarra e backing vocal), William Leonotti (baixo e backing vocal) e Ítalo Ribeiro (bateria e backing vocal). Desde que foi lançado, o álbum vem recebendo boa repercussão na cena da música independente em várias partes do mundo. “Está reverberando muito bem, mais do que a gente imaginava’, confessa Bross.

Parada internacional

Na semana passada, comenta o vocalista, o disco entrou no Top 10 de três rádios norte-americanas e figurou entre as top 30 de outras seis rádios dos Estados Unidos, o que levou a banda sorocabana ao 145º lugar na parada The North American College and Community Radio Chart Top200, a NACC, ranking computados a partir de relatórios oficiais recebidos de rádios universitárias e Comunitárias dos Estados Unidos e Canadá.

As músicas, todas inéditas, foram compostas a partir de 2017 e ensaiadas, arranjadas e gravadas no próprio estúdio da banda, chamado de Deaf Haus, localizado no bairro de Santa Rosália. Essa possibilidade de lapidar as canções sem precisar enfrentar as situações adversas recorrentes no mercado fonográfico -- como, por exemplo, correr contra o relógio para reduzir os custos pelo uso do estúdio -- deu à banda condições para gravar o disco ideal ou, ao menos, extremamente fiel à sonoridade que tinham na cabeça. Bross assinala que sem essa pressão da tirania do tempo, “Noites infinitas” mirou o perfeccionismo, já que extrai todo a experiência e aprendizado acumulados pela banda ao longo de 25 anos.

O álbum

O álbum reúne dez faixas, em português e inglês, que exploram temas como ansiedade, desespero e esperança em meio a um mundo cada vez mais dividido pela ideologia e polarizado por visões de mundo. Vale destacar que as letras foram compostas em 2018 a partir de impressões e vivências próprias e de amigos, como a atualização frenética da timeline das redes sociais em busca da próxima novidade e da toxicidade dos comentários destrutivos sobre todos os assuntos que se radicalizariam em 2020, em um ano marcado pela pandemia. Sobre riffs de guitarras distorcidas, “Noites infinitas” é, de certa forma, um manifesto em prol da saúde mental.

O festival

A programação do Febre também conta com shows de Yá Rosa, do rapper Eion e sets especiais com os DJs Badsista, Cinara e Moraes. Paralelamente aos shows, o festival conta com painéis onde convidados debatem sobre temas relevantes como a territorialidade, a representatividade e diversidade de artistas e produtores, bem como o consumo de música nos meios digitais, entre outros assuntos relacionados à cultura, política, educação, mercado e criatividade. A programação completa está disponível no site www.febrefestival.com.br. (Felipe Shikama)