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‘Tenet’ chega com a missão de recuperar cinemas brasileiros

29 de Outubro de 2020 às 00:01

‘Tenet’ chega com a missão de recuperar cinemas brasileiros Longa foi dirigido pelo aclamado Christopher Nolan e promete cenas espetaculares. Crédito da foto: John David Washington / Divulgação

Novo filme do aclamado diretor Christopher Nolan, “Tenet” é a principal novidade nas telonas de Sorocaba de hoje, data que também marca a reabertura dos complexos de exibição Cine Araújo do Cidade, shopping Pátio Cianê Shopping -- os dois últimos a retornaram às atividades após quase sete meses fechado por conta da pandemia de coronavírus.

Reconhecido como um dos poucos cineastas da atualidade a apostar em roteiros originais em Hollywood, com cenas de ação espetaculares e estrutura de quebra-cabeças que alimenta as mais diversas teorias nas redes sociais, Nolan faz questão de rodar em película, algo raro diante das infinitas possibilidades oferecidas pelo mundo digital.

Não é à toa, portanto, que “Tenet”, que estreia hoje em Sorocaba é a esperança de recuperação para as salas de cinema recém-abertas em boa parte do Brasil depois de meses de fechamento por conta da pandemia.

É verdade que a mesma expectativa foi frustrada nos EUA, onde o filme estreou em setembro, sem os maiores mercados do País, Los Angeles e Nova York. A abertura foi de apenas US$ 20,2 milhões, contra US$ 50,5 milhões do longa anterior do diretor, “Dunkirk”. No mercado internacional, também não chegou a ser um estouro, com US$ 289,1 milhões até agora.

Originalmente, o lançamento mundial seria na semana que terminou em 17 de julho. “O longa foi feito para ser visto na tela grande. E vamos esperar até que isso seja possível”, disse Emma Thomas, produtora e mulher de Christopher Nolan, em entrevista ao Estadão Conteúdo em abril.

A estreia espalhada a partir de 26 de agosto, começando pela Europa, foi a única solução possível no contexto da pandemia, mas deve ter sido uma decisão difícil para Christopher Nolan, que faz questão de manter o mistério em torno de seus filmes. Que o digam seus atores. Elizabeth Debicki, que faz Kat só se sentiu à vontade de dizer que faz a mulher do personagem de Kenneth Branagh, que por sua vez interpreta Sator. Branagh não teve medo de admitir ser o vilão. “Ele é a ameaça constante a todos os outros personagens”, disse o ator.

Sator é o homem por trás do uso da inversão do tempo como arma. Seu nome não é um acaso: o Quadrado Sator, visto em construções da Roma Antiga, contém um palíndromo de cinco palavras em latim, inclusive Tenet. Quem vai combater a ação do oligarca russo é o homem conhecido no filme como Protagonista (John David Washington), um ex-agente da CIA recrutado para a operação que tem a missão de parar Sator. Seu aliado é Neil, interpretado por Robert Pattinson.

O longa de espionagem foi rodado na Estônia, Dinamarca, Índia, Itália, Noruega, Estados Unidos e Inglaterra. “Acho que o filme é sua mais extrema e completa investigação sobre a maneira como a noção de tempo pode ser alterada”, disse Pattinson. Curiosamente, “Tenet” é lançado no meio de um experimento involuntário global sobre nossa relação com o tempo: a pandemia do novo coronavírus. Robert Pattinson acha que, de certa forma, Nolan previu o que está acontecendo. “Porque os personagens acordam um dia e tudo o que eles sabem não serve para a nova realidade e precisam se adaptar muito rapidamente”.

Terror e documentário

Além de “Tenet”, a lista de novidades é completada com o terror “Possessão - o último estágio” e o documentário “Break the silence: the movie”.

Dirigido por Pearry Reginald Teo, “Possessão: O último estágio” acompanha o Padre Lambert (Peter Jackson) que, por ter falhado exorcismo em um menino, levando-o à morte, passou oito anos na cadeia. Agora, na tentativa de redimir seu erro, o Padre tentará resgatar Joel Clarke (Robert Kazinsky) da possessão do diabo.

“Break the silence: the movie” é um documentário sobre os bastidores da turnê “Love yourself: Speak Yourself” da boyband sul coreana BTS. Considerado um dos grupos mais conhecidos do gênero k-pop mundialmente, a produção acompanha os melhores momentos das viagens entre grandes países ao redor do mundo por 351 dias como Los Angeles, Tóquio e Brasil. (Da Redação, com informações de Estadão Conteúdo)