Fundec tem semana com seu Festival de Música de Câmara

Apresentações ocorrem de segunda-feira a sábado, sempre às 20h, com intervalo apenas na quarta

Por Cruzeiro do Sul

Cromatrio: Mariana Virgilli (piano), Rodrigo Mozart (violino) e Tulio Pires (violoncelo).

Atrações nacionais e internacionais, que reunirão jovens talentos e artistas consagrados, compõem o “Festival de Música de Câmara”, que tem início amanhã (28) e se estende até 2 de agosto, na Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba (Fundec). Serão cinco noites de concertos com repertórios que atravessam diferentes estilos, épocas e nacionalidades, celebrando a riqueza da música de câmara. O evento é uma realização do Instituto Municipal de Música de Sorocaba (IMMS).

A abertura do festival ocorre na segunda-feira, às 20h, com um concerto especial destacando o Quarteto Sorocaba, formado por Abner Antunes e Rafael Pardo nos violinos; Renato Cardoso no violoncelo e Deivid Ortolano na viola. O programa inclui o “Quarteto nº 1”, de Osvaldo Lacerda, o “Quarteto para flauta e cordas nº 1 em Ré Maior”, de Mozart, com participação do flautista Michel de Paula, e o “Quinteto para clarinete e cordas”, do mesmo compositor, com participação do clarinetista Bruno Ghirardi.

Na terça-feira (29), às 20h, o palco recebe a pianista ucraniana Kateryna-Sofiia Shyk, seguida do Cromatrio, formado por Mariana Virgilli (piano), Rodrigo Mozart (violino) e Tulio Pires (violoncelo). A pianista apresenta obras de Borys Liatoshynskyi, compositor de sua terra natal, cuja música profunda e expressiva tem ganhado destaque internacional. Em seguida, o trio interpreta o aclamado “Trio nº 4 em mi menor, op. 90”, de Antonín Dvorák também conhecido como “Dumky”. Kateryna-Sofiia tem se dedicado a divulgar obras ucranianas e alemãs em seus recitais, enquanto o Cromatrio se destaca pela interpretação sensível e contextualizada do repertório camerístico tradicional.

Na quinta-feira (31), às 20h, o festival apresenta um duo de violoncelo e piano com Rafael Cesario e Yuri Pingo. No programa, duas obras-primas do repertório: a “Sonata nº 3 em Lá maior, op. 69”, de Beethoven, e a “Sonata op. 40”, de Shostakovich. A apresentação tem duração de 60 minutos e promete oferecer ao público uma experiência intensa de lirismo, vigor e profundidade musical.

Na sexta-feira (1º), às 20h, o Quarteto Sorocaba volta ao palco, desta vez ao lado da pianista Thais Valim. O grupo interpreta o “Quarteto nº 2”, de Alexander Borodin, uma obra conhecida por seu caráter lírico e melódico, e o “Quarteto com piano op. 47”, de Robert Schumann, uma das mais expressivas composições camerísticas do romantismo alemão.

Fechamento

Encerrando o festival, no sábado (2), às 20h, o renomado violinista norte-americano John McGrosso sobe ao palco ao lado dos participantes do Festival de Música de Câmara em uma apresentação especial, que reúne diversos grupos formados ao longo da semana.

O repertório abre com a “Partita nº 2 em Ré menor”, de Johann Sebastian Bach, incluindo a célebre “Chaconne”, interpretada por McGrosso. Em seguida, serão apresentados os primeiros movimentos de obras marcantes do repertório camerístico: o “Quarteto das Dissonâncias”, de W. A. Mozart, pelo Quarteto Mozart; o “Quarteto The Bird”, de Haydn, pelo Quarteto Wood; o “Quarteto op. 12 nº 1”, de Mendelssohn, pelo Quarteto Mendelssohn, o movimento inicial do “Quarteto a Morte e a Donzela”, de Schubert, com o Quarteto Entre Notas, e, encerrando o concerto, o primeiro movimento do “Octeto”, de Mendelssohn.

Os ingressos estão à venda a R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia entrada) pela plataforma Sympla ou

presencialmente na Fundec, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Rua Brigadeiro Tobias, 73, Centro. (Da Redação)

 

O que é música de câmara?

Música de câmara é a música erudita composta para um pequeno grupo de instrumentos ou vozes, que tradicionalmente podiam acomodar-se nas câmaras de palácios.

Atualmente, a expressão é usada para concertos executados por um pequeno número de músicos e instrumentos. A palavra câmara indica que a música pode ser executada em salas pequenas, geralmente com uma atmosfera mais íntima.

Nesta categoria, geralmente não está incluída a música para instrumento solo, entretanto, é comum incluir obras para piano solo, dependendo da ambientação. (Da Redação)