Fãs falam da emoção de reencontrar a banda RBD

Turnê final dos artistas mexicanos faz seis apresentações em São Paulo

Por Cruzeiro do Sul

Fernanda está ansiosa para ver de perto os ídolos

As gravatas vermelhas já estão separadas e as músicas, todas na ponta da língua. A turnê da banda mexicana RBD no Brasil já passou pelo Rio de Janeiro, e agora é vez de se apresentar na capital paulista. Os fãs do grupo prometem lotar os tão aguardados shows. O jornal Cruzeiro do Sul conversou com dois desses fãs sobre a emoção de ver de perto as performances de Anahí, Dulce María, Maite Perroni, Christopher von Uckermann e Christian Chávez nos palcos, ao vivo, após 15 anos. A Soy Rebelde Tour segue até dia 19, em São Paulo.

Apaixonada pela banda, a contadora Fernanda Santos, de 25 anos, vai ao show no Allianz Parque, na próxima sexta-feira (17), e não aguenta a ansiedade. "O RBD é algo inexplicável, é um amor, uma energia que abala milhares de pessoas ao redor do mundo, e saber que eu vou ter a oportunidade de estar presente neste momento é mágico", disse.

Embora faltem alguns dias para viver seu sonho, ela já está com tudo pronto. Assim que finalizou a compra do ingresso, no primeiro semestre deste ano, aproveitou para preparar o look, que será inspirado no uniforme da Elite Way School -- usado pelos personagens na escola fictícia de respectivo nome durante as gravações da novela "Rebelde".

Ao terminar a novela Rebelde, nos anos 2000, o grupo fez quatro turnês mundiais, levando milhões de pessoas a estádios, incluindo no Brasil. Porém, na época, Fernanda não conseguiu comparecer pela pouca idade que tinha na época e por questões financeiras. Mas, agora, finalmente, realizará o sonho. "Foi incrível saber que aquele grupo que muita gente dizia ser o grupo 'morto' estaria de volta para uma última turnê, e eu poderia ir, pagando tudo do meu bolso, com muito esforço, claro, mas estou realizando o sonho lá da Fernanda de 2006 e de 2008", contou emocionada.

"Viagem no tempo"

O assistente administrativo Bruno Alves Carvalho, de 30 anos, também juntou dinheiro, recebeu contribuições financeiras de amigos e até buscou uma maneira de obter renda extra para ir à Tour del Adíos, em 2008. "Eu peguei latinha para vende", contou. Porém, o valor angariado não foi suficiente. "Eu chorei meses e meses, fiquei doente", relembrou.

Quinze anos depois, a frustração e a tristeza ficaram para trás, pois ele já foi às duas apresentações no Rio de Janeiro e comparecerá às seis em São Paulo. "Até agora, não estou acreditando que vi o telão abrir e os cinco juntos. Foi a personificação do meu sonho, uma coisa que eu achei que nunca seria real", relatou Bruno, sobre as experiências vividas até o momento. "Eu fiquei com o corpo todo arrepiado, estou chorando até agora só de pensar que eu vivi isso e vou viver mais seis vezes".

Dono de uma coleção com mais de cinco mil itens de RBD, adquirida desde a infância, Carvalho considera que ver os ídolos reunidos novamente é como uma viagem no tempo. "Quando os primeiros acordes da introdução começaram, parece que não era mais eu, e sim aquela criança de 11 anos", falou. (Thaís Marcolino e Vinicius Camargo)