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Cultura

Festival Mátria Amada será encerrado dia 12

Espetáculos e intervenções artísticas promoveram reflexões sobre cuidados com o meio ambiente

05 de Dezembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Cena do espetáculo-filme
Cena do espetáculo-filme "Nhanderuvuçu", que será uma das atrações do encerramento. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Iniciado em março deste ano, com o objetivo de promover reflexões acerca dos cuidados com o meio ambiente e reflexões acerca dos cuidados com a terra através de intervenções artísticas e espetáculos culturais, o Festival Mátria Amada 2021 chega ao fim no próximo dia 12 de dezembro, a partir das 17h, num evento online transmitido pelo canal do Youtube do Grupo Manuí (youtube.com/manuiproducoes). Na programação de encerramento, o grupo, formado pela atriz Tatiana Zalla e pelo músico Leandro Pfeifer, preparou uma programação especial com um depoimento exclusivo de Alceu Valença; apresentação do espetáculo-filme “Nhanderuvuçu”; e o lançamento do clipe “Luz Dourada”, que reuniu vários participantes do festival.

O último encontro do Mátria Amada 2021 começa com a apresentação da Cia de Reis São Lucas, seguida da participação de Jerá Guarani (liderança da aldeia Mbyá Guarani de Parelheiros) com reflexões a respeito dos cultivos tradicionais. Após, haverá intervenções musicais de Magda Pucci e Gabriel Levy, com Cantos Indígenas; bate-papo com o premiado escritor indígena Cristino Wapichana; conversa com Hélder Floresta, da Floresta Cultural de Sorocaba; o depoimento exclusivo de Alceu Valença e apresentação da música “Desprezo”, de sua autoria, gravada pelo Grupo Manuí em parceria com os músicos londrinenses Sara Secco Delallo, Angelo Galbiati e Luciano Galbiati, e o músico Paulo Siqueira.

Tatiana Zalla e pelo músico Leandro Pfeifer encabeçam o projeto. - DIVULGAÇÃO
Tatiana Zalla e pelo músico Leandro Pfeifer encabeçam o projeto. (crédito: DIVULGAÇÃO)

Na sequência, lançamento do clipe da música “Luz Dourada”, de Juraildes da Cruz, trechos do livro Tupã Tenondé de Kaká Werá e participação de vários integrantes do festival como Juraildes da Cruz, Alzira E, Kaká Werá, Ivan Vilela e Magda Pucci; e, para finalizar, o espetáculo-filme “Nhanderuvuçu”, do Grupo Manuí, com direção de Ricardo Camargo e produção de Lucas Zalla e Bel Cenci, teatro de sombras de Urga Maíra e vídeo cenário de José Sampaio. O trabalho é uma adaptação do livro “A voz do trovão”, de Kaká Werá, inspirado no mito Guarani da criação do mundo.

Mátria Amada 2021

Realizado com apoio do edital expresso Proac Lab, do Estado de São Paulo, com recursos da Lei de Auxílio Emergencial “Aldir Blanc”, o festival, que seria realizado por completo entre março e abril deste ano, teve sua programação adiada por conta do agravamento da pandemia de Covid-19. Na programação dos quatro eventos online contou com a presença de músicos, escritores, artistas, atores, lideranças indígenas e quilombolas, unidos em prol da cultura e do meio ambiente.

A ideia surgiu em 2019, do encontro entre os diretores do Grupo Manuí com o ambientalista Gabriel Bittencourt, a partir do incômodo dos artistas em observar tantas atrocidades relacionadas ao meio ambiente e a necessidade de fazer algo a respeito. Primeiramente, surgiu o movimento Mátria Amada, marcado por uma passeata pela Terra na cidade de Sorocaba, e depois, em 2020, o primeiro encontro realizado pela internet. Em 2021, com o incentivo da Lei Aldir Blanc, veio a oportunidade de ampliar o movimento e, com o “Festival Mátria Amada”, dar voz a mais artistas, mais lideranças, mais ativistas que dialogam com as questões ambientais, amplificando o debate. (Da Redação)

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