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Cultura

São Roque receberá Festival de Teatro

Festão reúne grupos e companhias da Região Metropolitana de Sorocaba

27 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
O grupo de teatro Escarafunchar se apresenta no dia 4.
O grupo de teatro Escarafunchar se apresenta no dia 4. (Crédito: MARIA EDUARDA PEREIRA CARVALHO / DIVULGAÇÃO)

O interior de São Paulo é palco de muitos talentos e, para celebrá-los, nada melhor do que uma grande festa cultural com 25 apresentações teatrais para divertir e presentear o público, e, o melhor, tudo de graça. Esse é o “Festão”, um festival regional de teatro itinerante que está na sua 3ª edição. Neste ano, o evento acontecerá no Centro Educacional Cultural Brasital, em São Roque, nos dias 3, 4 e 5 de dezembro, reunindo artistas de 14 cidades da Região Metropolitana de Sorocaba.

O objetivo é fomentar a cultura cênica da região, promover a criação de um grande corredor cultural entre os municípios e a troca de experiências entre os artistas e o público. Este ano, pela primeira vez, o “Festão” terá uma verba adquirida, concedida pela Lei Aldir Blanc, através de um prêmio recebido pelo histórico de realização em teatro de Lisa Camargo, produtora e diretora artística da Companhia de Eros de São Roque.

“Nos dois primeiros festivais, tivemos o apoio do Senac e das prefeituras de Sorocaba e Pilar do Sul, mas aconteceu sem nenhuma verba e os grupos vinham com o seu próprio recurso. Dessa vez, como eu tinha um projeto pronto e tinha esse edital de Prêmio de Produção de Realização em Teatro, apresentei o meu histórico que é forte, já que estou desde a década de 90 trabalhando nesse meio. Para a minha surpresa, passei na primeira chamada”, conta Lisa, a proponente do “Festão”.

Para a realização do evento, as apresentações serão divididas de duas formas: serão 24 espetáculos com cerca de 45 minutos de duração e, também, exibições mais curtas, com 15 minutos, chamadas de Cabaré.

Hamilton Sbrana, um dos coordenadores do festival e diretor da companhia Camarim, de Sorocaba, explica que o formato foi pensando para auxiliar os artistas, pois muitos precisaram parar de ensaiar durante a pandemia.

“Quando fomos conversar com os grupos da região, muitos deles disseram que não tinham tempo de preparação, foi o que aconteceu com o meu grupo. Nós estávamos indo com um espetáculo que não ia ficar pronto em dezembro, então, optamos por um fragmento, por um espetáculo com uma duração menor”, explica Hamilton.

Já o grupo Escarafuchar, de Pilar do Sul, vai mostrar ao público um espetáculo mais longo. A ideia da companhia é valorizar ainda mais os trabalhos locais e, dessa forma, apresentarão uma adaptação do conto “O Executor”, escrito pela poeta, professora de língua portuguesa e jornalista, Geni Alves, que também é do município.

“A nossa paixão é adaptar textos não teatrais para o teatro, principalmente os contos. Essa apresentação é baseada em uma obra de uma escritora aqui da cidade, e fala sobre a questão de ser presa na vida. O nosso trabalho foi trazer esse conto como pano de fundo para falar sobre várias lembranças, experiências dos próprios atores e atrizes e memórias, então, é um espetáculo que mexe muito com as emoções das pessoas, por ser muito afetivo”, conta Guto Carvalho, diretor do grupo teatral Escarafuchar.

O diretor também é coordenador regional do “Festão” e acredita que o festival é uma forma de unir os grupos, resgatar e fortalecer a cultura no interior. “A Região Metropolitana de Sorocaba possui 27 municípios e, em muitos deles, não há grupos de teatro ativos. Com a pandemia, alguns se desfizeram, então esse trabalho é muito bacana para entender em qual situação cultural, mais especificamente teatral, a nossa região se encontra”, ressalta.

Mesmo com a liberação das restrições do Estado de São Paulo, o “Festão” seguirá todos os protocolos de segurança, como número limitado de pessoas nas apresentações em espaços internos. Para assistir aos espetáculos, será necessário chegar com uma hora de antecedência para garantir o lugar. (Da Redação)