Quadro de Klimt torna-se a obra de arte mais cara da história
Valéria Amoris
O quadro “Retrato de Elisabeth Lederer”, do austríaco Gustav Klimt (1862-1918), foi arrematado por 236,4 milhões de dólares em leilão da Sotheby’s, em Nova York, na última terça-feira (18). O valor, equivalente a cerca de 1,25 bilhão de reais, estabelece um recorde para obras de arte moderna vendidas em leilões, superando os 157,2 milhões de dólares de “Nu deitado”, de Amedeo Modigliani, em 2018.
A pintura, datada de 1916 e que retrata a filha de um dos patronos de Klimt, recebeu lances de pelo menos seis interessados. De acordo com o jornal The Wall Street Journal, um deles entrou na disputa apenas quando o valor alcançou US$ 171 milhões. A rodada de ofertas durou cerca de 20 minutos e terminou com a aquisição por um comprador que participou por telefone e não teve o nome revelado.
A venda alcançou esse valor porque retratos dessa fase final da produção de Klimt são raros no mercado e têm alta procura entre colecionadores e museus. O trabalho integrava o acervo de Leonard Lauder, herdeiro da Estée Lauder. Antes do leilão, a obra estava emprestada à National Gallery do Canadá. A Sotheby’s havia garantido um lance mínimo de US$ 150 milhões, assumindo o risco caso o valor não fosse superado.
Outras peças chamaram atenção no evento, entre elas a escultura America, do italiano Maurizio Cattelan. O vaso sanitário produzido em ouro maciço foi avaliado em aproximadamente US$ 10 milhões.