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'Fotografia impura' reúne obras de oito artistas

13 de Julho de 2018 às 14:38

Diferentes possibilidades criativas da fotografia ilustram a exposição "Fotografia impura" que será aberta neste sábado (14), às 16h, no Matiz Ateliê Visual (rua Minas Gerais, 96, Centro). A mostra coletiva marca a inauguração das duas salas de exposições do ateliê dedicado às artes visuais recentemente instalado em Sorocaba. A exposição ficará aberta ao público até 15 de agosto e pode ser vista de terça a sexta, das 14h às 19h, e sábado, das 10h às 14h. A entrada é gratuita.

"Fotografia impura" reúne trabalhos de oito autores que usam a fotografia como linguagem de sua expressão artística. O nome da exposição, explica Marco Gonçalves, artista visual e coordenador de atividades do Matiz, faz alusão à linha conceitual que inspirou a seleção dos trabalhos: a utilização da fotografia de forma livre e experimental, afastada dos pressupostos da fotografia moderna, isto é, de seu caráter originalmente objetivo ou documental. "A intenção é abrir espaço para a fotografia contemporânea mais conceitual. Aqui, a fotografia não é apresentada apenas como técnica a serviço de uma suposta objetividade, mas como uma linguagem rica em possibilidades expressivas e, principalmente, subjetivas", afirma.

'Oração dos gestos', da fotógrafa Helen Carpiné  - HELEN CARPINÉ / DIVULGAÇÃO 'Oração dos gestos', da fotógrafa Helen Carpiné - HELEN CARPINÉ / DIVULGAÇÃO

Participam da exposição: Adriano Sobral, Cláudia Guimarães, Helen Carpiné, Luciana Ferraz, Marco Gonçalves, Marco Ponce, Mayara Cristofoletti e Mirna Modolo. Gonçalves afirma que a curadoria da mostra também é assinada coletivamente e detalha que a seleção dos participantes é decorrente de um processo de leitura e discussão de portfólios, realizado entre abril e junho deste ano por meio de uma série de encontros dos artistas promovidos pelo Matiz.

Os trabalhos expostos, acrescenta o coordenador, apresentam três tipos de abordagens que os afastam da fotografia convencional: intervenções no processo de produção das imagens, edição criativa de narrativas fotográficas e exploração de conceitos inerentes à fotografia, como a ideia de verdade. "A fotografia menos documental ou menos visual é muito mais desafiadora. A exposição traz trabalhos híbridos nos quais a fotografia dialoga com outras formas de arte, como arquivos sonoros e instalações", detalha Marco Gonçalves, destacando que a proposta da mostra é convidar o observador para uma contemplação mais prolongada, de modo a decifrar as diferentes camadas poéticas sugeridas pelos artistas.Inaugurado em fevereiro deste ano, o Matiz Ateliê Visual é destinado à formação, produção e divulgação de conhecimentos e trabalhos no campo das artes visuais e, além de ateliê, onde Marco Gonçalves desenvolve sua produção artística, sua estrutura conta também com espaço expositivo e salas de oficinas e cursos em diferentes áreas das artes visuais. "A gente pensou em oferecer um círculo completo, de formação, produção e exposição", diz o coordenador.

Marco Gonçalves, artista visual e coordenador de atividades do Matiz - EMÍDIO MARQUESMarco Gonçalves, artista visual e coordenador de atividades do Matiz - EMÍDIO MARQUES

No primeiro semestre deste ano, o local ofereceu oficina de cianotipia (processo de impressão fotográfica) e curso de história da fotografia. Para o segundo semestre, estão abertas inscrições abertas para os cursos de Narrativas e poéticas visuais contemporâneas, Técnica e estética na fotografia e Estética na Fotografia: do pictorialismo ao contemporâneo. Os cursos são pagos. As inscrições podem ser feitas pelo site www.matizatelievisual.com.