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Espaços alternativos da Secult não podem cobrar ingresso

13 de Dezembro de 2019 às 00:01

Espaços alternativos da Secult não podem cobrar ingresso O TMTV tem capacidade para um público de 414 pessoas e seu uso atrai o interesse de produtores culturais de várias atividades. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (2/8/2018)

O fechamento do espaço por seis meses será o mais longo desde que o Teatro Municipal Teotônio Vilela (TMTV) foi inaugurado, há quase 37 anos. Isso poderá implicar em uma drástica interrupção da fruição artística na cidade, já que a Secult não disponibilizará um espaço alternativo capaz de absorver toda a demanda.

Questionado sobre quais opções de espaço vai oferecer aos produtores, a Secult informou que a pasta “tem outros próprios importantes para o fomento da cultura e que já são utilizados por diversos produtores e pela própria Secretaria, como as bibliotecas municipais, Barracão Cultural, teatro do CEU das Artes e outros”.

Questionada pela reportagem pelo fato de a legislação não permitir a cobrança de ingressos em próprios municipais -- a única exceção é o TMTV -- a Secult diz que não descarta a publicação um decreto permitindo a cobrança temporária em outros espaços enquanto o teatro estiver fechado.

“Todos os outros próprios serão avaliados e passarão por parecer jurídico sobre a possibilidade de venda de ingressos, tudo será feito na legalidade e priorizando o fomento da cultura”, complementa a nota enviada à Redação.

A situação do TMTV também escancara o déficit de espaços públicos para apresentações de peças de teatro, espetáculos de dança e shows musicais na cidade.

Apesar de estar na cidade sede da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), o TMTV tem capacidade para 414 lugares, com porte aquém ao de outros teatros da região, como o Teatro Municipal de Cerquilho, com capacidade para 540 pessoas, com projeto assinado pelo renomado arquiteto Ruy Ohtake, e o Palma de Ouro, de Salto, com quase 500 poltronas.

O fechamento do teatro ocorre um mês depois do término do contrato com a empresa Selt, que vinha sendo responsável pelo serviço de locação, manutenção e operação de equipamentos de som e luz do espaço, com vigência de um ano e custo total de R$ 442.500 -- ou R$ 36.875 mensais. (Felipe Shikama)