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Documento contesta currículo de nova secretária da Cultura de Sorocaba

08 de Maio de 2019 às 23:01

Anunciada na terça-feira como titular da Secretaria da Cultura (Secult), Cassiane de Souza teve o seu currículo profissional contestado por um artista e militante cultural da cidade. Em documento de cinco páginas distribuído à imprensa, o denunciante, que não quis se identificar temendo “represálias”, afirma que, apesar de a Prefeitura de Sorocaba informar que Cassiane atuou na “captação e produção de longa-metragem e peças de teatro”, seu nome não consta nos créditos dos filmes “Cheiro do Ralo”, “Nina” e “Cafundó”. O documento elenca imagens dos créditos finais dos dois primeiros filmes, onde não há menção de Cassiane. A secretária, por meio de nota, contesta as afirmações.

O denunciante diz que Cassiane não possui registro profissional (DRT), do Ministério do Trabalho, o que seria uma exigência para trabalhar em produções culturais. Na área teatral, a nota oficial com o currículo afirma que Cassiane desempenhou as mesmas atividades, de “captação e produção”, do espetáculo “Autobiografia autorizada”, de Paulo Betti -- mas seu nome também não consta da ficha técnica enviada para aprovação do projeto na Lei Rouanet.

Diretor do filme “Cafundó” e da peça “Autobiografia autorizada”, o ator sorocabano Paulo Betti confirmou, por e-mail, ser próximo de Cassiane e que a nova titular da Secult realmente fez captação para os filmes “Cafundó”, “Fera na Selva” e produção local do espetáculo teatral “Autobiografia autorizada”. “Cassiane foi também minha parceira no Instituto Cultural Vila Leão, que depois virou Quilombinho”, afirmou Betti.

Em resposta aos questionamentos do Mais Cruzeiro sobre a situação, a Secretaria de Comunicação e Eventos (Secom) afirmou que no filme “Nina”, Cassiane foi responsável pela captação de recurso. No “Cafundó”, fez produção e captação e “é citada duas vezes nos créditos do filme”. Já no longa “O cheiro do Ralo”, também de Heitor Dhalia, foi responsável pela captação. Sobre o registro profissional, Cassiane alega que o “DRT não é exigido para produção”. (Da Redação)