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Curta com produção brasileira é exibido em festival nos EUA

24 de Outubro de 2018 às 07:44

Curta com produção brasileira é exibido em festival nos EUA “Headway” conta a história do encontro entre Pedro Rizzo e Igor Nogueira - Foto: Divulgação

O inesperado encontro entre um garoto autista e um lutador de MMA é o fio condutor do curta-metragem “Headway”, da diretora brasileira Camila Rizzo, que estreia no próximo final de semana no Washington West Film Festival, na capital dos Estados Unidos. Produzido pelas também brasileiras Ligia Osório e Bruna Cabral, o filme foi baseado em uma reportagem da jornalista Luana Assiz para a TVE Bahia, que contou a história do atleta de Jiu-Jitsu com autismo Igor Nogueira.

No curta, a história de Igor se cruza com a de Pedro Rizzo, lutador profissional de MMA e irmão da diretora Camila, para contar o poder transformador do esporte “Resolvi unir as histórias para criar o filme”, diz a diretora. O menino é um personagem baseado no Igor Nogueira, de 22 anos, que pratica Jiu-Jitsu há cinco anos e encontrou no esporte um tratamento para suas barreiras e limitações, já que seu autismo regrediu de moderado a leve.

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Pedro Rizzo foi lutador peso pesado do UFC, onde ganhou o apelido de “A rocha”, e ficou conhecido por desferir potentes chutes nas pernas dos adversários. Rizzo sofreu muito ao decidir se aposentar aos 42 anos. Ganhou sua última luta em Vitória, Espírito Santo, e hoje, com 45, coordena um projeto social com mais de 500 crianças na comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro.

De acordo com a sinopse oficial, o curta é um drama que cruza duas jornadas interiores: a de um menino de onze anos que precisa lidar com as singularidades do autismo, e a de um lutador de MMA que, aos quase quarenta anos, enfrenta o delicado momento da aposentadoria. Ambas as histórias se convergem em um profundo e emocionante encontro tendo o jiu-jitsu como ponte nesta relação, e um passa a ser para o outro a saída que precisam para superar suas questões.

“Headway”, expressão que significa “siga em frente ou faça progresso”, especialmente quando as circunstâncias tornam isso lento ou difícil, foi realizado de maneira independente pela diretora e produtoras brasileiras radicadas no Estados Unidos e contou com doações feitas por meio de campanha de financiamento coletivo. “O curta pretende fazer uma campanha de inclusão ao autismo, destacando o esporte como ferramenta de mudança e inclusão social. Pretendemos mostrar a importância do esporte na vida de cada um de maneiras diferentes. É possível encontrar no esporte um grande incentivo para viver e inspirar muitas pessoas”. O filme ainda não tem data de estreia no Brasil. Além do Washington West Film Festival, “Headway” foi selecionado para outros três festivais nos Estados Unidos até agora, entre eles o Los Angeles International Film Festival (LA Shorts Fest), considerado um dos mais prestigiados festivais de curtas-metragens do mundo e que classifica os vencedores para o Oscar.