Prestígio da seleção brasileira na TV também observa histórica queda

Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery

Por Cruzeiro do Sul

Marquinhos em jogo da seleção

Será que o tamanho da bola da seleção brasileira tem a ver com isso? Com certeza, sim. Por que esconder ou tentar disfarçar? As suas exibições, que não são só as de agora, mas ao longo de tanto tempo, têm deixado muito a desejar e devem ter contribuído para a desimportância que veio a ter.

Houve épocas que a própria convocação dos jogadores era momento de solene importância. Aqui, no nosso quintal, se disputava ou se apostava em quantos jogadores do time do coração seriam chamados.

Os tempos mudaram. Hoje, a grande maioria dos selecionados não tem mais quase nada do futebol jogado aqui, aquele que enche os nossos estádios e conferem elevados índices de audiência. Identificação zero.

Um caminho sem volta.

Não por acaso, e sem qualquer surpresa, o fato de, data hoje, menos de um ano para a sua realização, não se tenha nenhuma TV brasileira fechado, oficialmente, a transmissão da Copa América de 2024, de 20 de junho a 14 de julho, nos Estados Unidos.

Alguém lembra de algum episódio parecido antes?

Uma prova, provada, da própria reticência do mercado, que não aposta mais nos resultados que antes eram alcançados. Não aposta mais, ou por falta de identificação ou de qualidade. No cara ou coroa, capaz de a moeda cair em pé.

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Maior respeito pelo Cazé e o trabalho dele. Não, por acaso, o sucesso. Veio a se transformar em uma figura imprescindível na internet, a ponto de inventar o seu caminho, chegar onde está e receber o reconhecimento de todos. Este é um ponto...

... O outro

É que a Cazé TV, corajosamente, veio a se colocar de forma bem importante na disputa de direitos. Já conseguiu muitos e, entre os seus vários, deixou muita gente boa pelo caminho. Ponto a favor também. Mas o Pan-Americano, agora, vem demonstrando que a sua exclusividade não fez bem. Passa, a quem assiste, a impressão da falta de um melhor preparo para isso.

Por exemplo

Tudo bem, vale demais, até em se tratando de eventos tão importantes, temperar com suavidade e bom humor, desde que isto não comprometa a qualidade e não poder dar conta de um trabalho à altura. Em um Pan-Americano, é imprescindível trabalhar com riqueza de informações. Saber ao menos quem está competindo e não o tratar, por exemplo, como aquele lourinho.

Vale o aviso

Esporte, e todas as brincadeiras em cima são perfeitamente aceitáveis, também é coisa séria. Que exige sacrifícios de muitos atletas e o dever de atender patrocinadores, algo que aqui, no nosso Brasil varonil, nunca aconteceu na forma e seriedade de outros países. Poder brincar? Pode, claro. Deve. E a Cazé faz isso muito bem. Mas também tem que saber a hora de trabalhar sério.

Referência

Voando baixo em suas respectivas áreas esportivas, Rebeca Andrade (ginástica) e Rayssa Leal (skate) são grandes esperanças de medalhas para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. O Grupo Globo, detentor dos direitos de transmissão, inclusive tem destacado a imagem das meninas, em seu plano comercial, ao mercado.

Projasco

A produtora Coração da Selva, responsável por “Beleza Fatal”, alugou em Osasco/SP alguns galpões, onde estão montados os cenários da novela. Um negócio bem organizado, segundo quem teve acesso. Os atores envolvidos, a maioria ex-Globo, batizaram carinhosamente o espaço de gravações de Projasco numa referência ao antigo Projac.

Sem triângulos

Apesar de os últimos capítulos indicarem para isso, não estão previstos novos personagens para mexer com o romance de Caio (Cauã Reymond) e Aline (Bárbara Reis), em “Terra e Paixão”. No ar, a novela vai até 19 de janeiro.

Cinema

Paralelo ao seu trabalho na TV, Taís Araújo começou a rodar “Doutor Monstro”, sob a direção de Marcos Jorge. Guilherme Weber, Marat Descarts, Sid Correa, Marcelina Fialho e Marrara de la Mara também estão no elenco. Detalhe: Taís e Guilherme, que já têm parcerias nas novelas, agora se enfrentam nos tribunais, como advogados. Filmagens em Curitiba.