Canal 1
Streaming precisa considerar os riscos de produzir novelas
Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
Novela é um brinquedo caro. O custo por capítulo pode variar um pouco de acordo com a exigência de cada trabalho, mas nunca sai por menos de R$ 1 mi, daí também a necessidade de oferecer ao mercado produtos suficientemente qualificados, capazes de fazer frente a esses valores.
Por aí se entenda, audiência em números significativos, resposta comercial à altura e possibilidades de novas exibições, aqui mesmo ou em outros países.
Considerando o empenho das nossas TVs em suas realizações, desde que vieram existir até os dias atuais e lá se vão quase 72 anos só aqui no Brasil, devemos entender como um bom negócio. Que dá trabalho, mas apresenta suas recompensas.
Daí a preocupação já demonstrada pela coluna com relação ao streaming e o desejo de algumas plataformas em também se aventurarem no campo das telenovelas.
Antes de tudo, manda o bom juízo, botar no papel. Encarar um desafio desses, só considerando valores de assinaturas e do que se possa conseguir com vendas internacionais, será muito arriscado. Se não entrar propaganda no meio, entre patrocínios e merchandisings ou outros meios de fazer dinheiro, será quase impossível fechar essa conta. Um mais um tem que dar dois.
E a estrutura?
Para começar do começo, outro ponto que também precisa entrar nessa matemática é a questão de onde fazer.
Além do que Globo, Record e SBT possuem, onde existem outros complexos de estúdio com as mesmas capacidades e suficientemente aparelhados, capazes de atender tamanha demanda. São pontos, também, que devem ser considerados.
Muito provavelmente
Talvez também por isso, a morosidade da HBO Max em ainda não conseguir acelerar a sua dramaturgia.
Além do processo da fusão e de certa lentidão em tomar algumas decisões, podem passar por essas questões as razões de tanta demora.
Saiu de vez
Renata Saporito, depois de 22 anos, negociou a sua saída do Grupo Bandeirantes. Na casa desde 2001, passou por diferentes setores da Band e BandSports, até tornar-se apresentadora.
Era um desejo dela, já há algum tempo, encarar novos desafios. No rádio, continua na Transamérica.
Deu a lógica
A derrota do Flamengo para o Independiente del Valle, nos pênaltis, final da Recopa, levou a ESPN a marcar média de 11 e pico de 13.7 pontos.
Superou de longe o recorde do primeiro jogo entre as mesmas equipes, 6.9 pontos, na semana passada.
Dedo no pudim
Parece que não sei... A Rede TV! promoveu demissões no começo da semana, todas por justa causa, amparada no fato de que alguns dos seus agora ex-funcionários vinham fazendo uso indevido de carros por aplicativo.
Se sujar por tão pouco.
A propósito
Vamos combinar que passou do tempo da velha “carteirada”. Só que na prática, parece que não.
Neste último carnaval, teve um festival delas para conseguir lugares em camarotes. No Anhembi, então, foi uma festa. O problema é zero na hora de passar vergonha.
70 Anos
Gilberto Barros abriu a série comemorativa aos 70 anos da Record, produzida pelo “Domingo Espetacular”. Depois dele, foi a vez de Ney Gonçalves Dias, primeiro apresentador do “Cidade Alerta”.
E, neste próximo final de semana, será a vez de Ronnie Von, que entre outros trabalhos na casa, comandou “O Pequeno Mundo de Ronnie Von”. Daí o apelido de “Príncipe”.
Agenda cheia
A partir do dia 23, Sophie Charlotte estará nos cinemas com “O Rio do Desejo”, vivendo Anaíra, uma mulher disposta a desafiar as leis da paixão e do amor.
Em abril, no dia 5, voltará como Maíra, em “Todas as Flores”, no Globoplay. Já em 21 de setembro, atenções voltadas para “Meu Nome é Gal”, em cinemas de todo o país.
Será?
A Globo solicitou o registro da marca “Bar do Gogó”.
Pelo jeitão, indica algum projeto humorístico com Mauricio Manfrini, o Paulinho Gogó.
Muito próxima
Não está fechado ainda, mas em se tratando de Elaine Bast faltam apenas detalhes para a sua contratação pela TV Jovem Pan.
Elaine deixou a TV Globo em maio passado, depois de 23 anos de casa.
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