Band tem iniciativa, mas pouca ‘acabativa’

Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery

Por Cruzeiro do Sul

Band tem direitos da Fórmula 1 até 2025.

A televisão no Brasil, como uma senhora de quase 72 anos, com hábitos e costumes muito próprios, já mostrou que, para uma vida saudável e sem sobressaltos, o mais importante é saber fixar uma grade de programação.

Criar atrativos e levar o público a se acostumar ao que ele poderá encontrar naquele dia e horário.

Dia desses, aqui se comentou a facilidade da Band em criar expectativa em torno das suas realizações. Que a sua direção sempre faz isso muito bem, mas que os resultados, em audiência e faturamento, ainda deixam a desejar.

Evidente que a conquista da Fórmula 1 e a contratação de Fausto Silva foram fatos dos mais significativos, capazes de fazer toda a diferença, mas que ainda precisam ser acompanhados de outras incitavas, capazes de dar unidade e promover o fortalecimento da grade como um todo.

Isso, lamentavelmente, ainda não vem acontecendo. E quando se fala em um maior atendimento à programação, o que se reclama é um trabalho capaz de ir ao encontro daquilo que o público espera encontrar. Sem que isso até implique em maiores ou novos investimentos, mas apenas em saber definir o que deve ou não ser produzido, o que pode ou não ser colocado no ar. Enfim, o que funciona ou não. Por exemplo: otimizar a participação do seu departamento de jornalismo, talvez não em programas, como hoje acontece, mas em atuação ou como pontuação de grade, ao longo do dia pode ser um começo interessante. Sempre funciona. Voltar a dar ao esporte a importância do passado. E saber, por fim, eliminar o que não serve. Movimentos, enfim, que passam longe de aumentar gastos, mas que só exigem um pouco mais de esforço e maior criatividade.

Só um adendo

Dentro da própria Band mesmo o aluguel da Vera Cruz e do Teatro Itália encontra resistências. Até pela subutilização dos dois e falta de um melhor planejamento, foi outro tiro no escuro. Ou mais dois.

Parece que sim

Se foi um fato isolado ou não, difícil saber, mas no jogo São Paulo e Palmeiras, não apareceu nenhum monitor ligado na imagem da Globo. Será que alguém esqueceu ou tiraram de vez?

Essa merece

Nesta quinta-feira, depois de 27 meses, J. Junior voltará a narrar num estádio, Ponte Preta e Sampaio Corrêa, no Premiere. Jotinha, por toda história e trabalho, é uma das figuras mais respeitadas do meio esportivo.

Ibope

Na semana em que completou 10 anos no ar, o Gloob, canal infantil da Globo, liderou a audiência entre crianças com TV por assinatura, além de recorde em 2022 no target. Isso se deu com a pré-estreia exclusiva do primeiro episódio da quinta temporada de Miraculous Ladybug, dia 13.

Olho em tudo

Foi-se o tempo que o Ibope era a única ferramenta que baseava os trabalhos das agências de propaganda para distribuição de suas verbas. Marcos Quintela, presidente da Y&R, em conversa com a coluna, garante que hoje há um levantamento de tudo, incluindo cliques nas redes sociais. Nenhum dado é desprezado.

Big rider

A partir desta quinta-feira, o Canal OFF se muda para Saquarema para acompanhar os bastidores da etapa Brasil do Mundial de Surfe (WSL). Transmissão sob o comando de Gabriel Pastori, Marcelo Trekinho, Jesse Mendes e Marina Werneck.

Trilha sonora

A jovem cantora Jade Baraldo ganha cada vez mais espaço nas trilhas de novelas da Globo. Depois de trabalhos em “Quanto Mais Vida, Melhor!” e “Pantanal”, ela também emplacou uma faixa em “Cara e Coragem” - “Oh My Baby Let’s Die Together”.

Foi mal

E a Globo resolveu mesmo meter um “X” no nome do novo programa da Ivete Sangalo, com exibição nas tardes de domingo. Em vez de um “S”, como é o correto, vai se chamar “Mixto Quente”. De nada adiantou falar e pedir. Prevaleceu a ideia que é diferente (?). Com certeza, um “x” enorme será destacado na arte.

Vale dizer

Tudo que é falado ou escrito erradamente, principalmente nos meios de comunicação e numa TV do tamanho da Globo, é sempre um enorme desserviço. Por que, então, não evitar? Como explicar, depois, para uma criança na escola que o certo é com “s”, quando a televisão mostra com “x”.