Bandidagem e desinteresse o adversários da TV paga
Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
A TV paga, com os problemas de sempre, como a gatunagem a céu aberto, que ninguém consegue acabar, e o péssimo serviço oferecido pela grande maioria dos seus canais, encontra sérias dificuldades para frear a queda no número de assinaturas. Difícil saber onde vai parar.
Quanto ao primeiro ponto, vale lembrar que quem compra o tal aparelhinho, é tão bandido como aquele que vende. E o interessante é que, regularmente, a Polícia Federal e a ABTA Associação Brasileira da Televisão por Assinatura promovem a destruição de milhares desses boxes piratas. Apreensões que, na verdade, acontecem com certa frequência, mas que ainda assim não conseguem frear o comércio irregular.
E parece que quanto mais se destrói, mais cresce a ação dos criminosos.
A rua Santa Ifigênia, em São Paulo, por exemplo, conhecida pelo seu mercado de eletrônicos e onde existe um comércio sério, também veio a se transformar no reduto preferido da contravenção.
O mais triste é verificar que o desejo de enfrentar esse crime nunca aconteceu da forma que deveria.
Mais grave
A Band está gravando alguns programas nos estúdios da Vera Cruz, entre eles, “MasterChef” e “Nóis na Firma”, humorístico, sem ainda data de estreia. Só que existem problemas muito sérios. A falta de acústica, por exemplo. Tem que haver investimentos para ficar em melhores condições de uso. Na foto, o elenco do programa.
Outro ponto
Ainda sobre a questão acima, é o desleixo com que a maioria desses canais é tocado. Programações repetidas, desinteressantes e muitos deles com vendas de quinquilharias. Poucos se salvam, mas não em número suficiente, capaz de criar um laço de maior afetividade com quem assina. Se o presente já é muito ruim, o que esperar do futuro?
Escondidinho
A Band, em certas coisas, é bem ruim de serviço. Pode ter certeza que pouca gente sabe ou descobriu que o “1001 Perguntas”, do Zeca Camargo, agora é semanal. Exibição às sextas-feiras. Ficar só nessa do próprio alto-falante não funciona.
Marca registrada
Nesta última semana, alguns se surpreenderam porque o SBT tirou do ar a novela “Paixões de Gavilanes”, por causa da sua baixa audiência. E isso poucos dias depois da sua estreia. Mas sempre foi meio assim.
Tem essa
Está certo que, desta vez, em relação ao passado, o modus operandi foi um pouco diferente: tirou do ar e pronto. Em outras ocasiões e em situações parecidas de baixa audiência, chegou a haver o cuidado de exibir o último capítulo, mesmo com a história no meio ou ainda começando. Pelo menos terminava.
Pé atrás
Algumas das nossas mais importantes produtoras de conteúdo já começam a encontrar dificuldades para firmar parcerias com empresas de fora, especialmente dos Estados Unidos e alguns países da Europa. Há uma enorme preocupação com os resultados das nossas eleições.