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Atriz sorocabana estreia na televisão em série da MTV

09 de Janeiro de 2019 às 07:36

“Feras” retrata os relacionamentos de hoje: a tensão entre os gêneros e os aplicativos de paqueras. Crédito da foto: Divulgação

Experiente nos palcos do teatro, a atriz sorocabana Frann Ferraretto, de 30 anos, faz este ano sua estreia na televisão na série “Feras”, da MTV, que será exibida a partir de 21 de janeiro, às 22h. Segunda série original da emissora, “Feras” retrata as formas de relacionamento nos dias de hoje, a tensão entre os gêneros, a diversidade digital e os aplicativos de paqueras. Gravada e ambientada em São Paulo, a história se desenrola a partir do ponto de vista de Ciro (João Vitor Silva) que terminou um namoro de muitos anos e agora terá que voltar a se relacionar em um mundo que até então desconhece.

Nas telas do televisor, Frann dá vida à Mirella, uma jovem que surge na segunda metade da série -- ao todo são 13 episódios com 30 minutos de duração cada --, estabelecendo um misterioso jogo afetivo com o antagonista Barbieri, interpretado por Rodrigo Garcia. “Para mim foi um presente poder fazer parte dessa produção. É o meu primeiro trabalho para televisão e foi uma experiência muito intensa”, afirma. Para interpretar o papel, Frann aceitou a sugestão dos produtores e se submeteu a uma radical mudança no visual: Seus longos cabelos pretos ganharam coloração loiro platinado. “Aceitei na hora. Tudo pela arte”, comenta.

Camila Márdila, Mohana Uchôa, Rodrigo García, Tulio Starling e Vinicius Siqueira formam o elenco principal, que contará ainda com a cartunista e chargista Laerte Coutinho interpretando uma psicanalista, além de uma participação especial do ator Jesuíta Barbosa (“Praia do futuro” e “Tatuagem”). Além do canal MTV, a série estará disponível a partir de 21 de janeiro na plataforma MTV Play, app gratuito da MTV Brasil para os sistemas operacionais Android e iOS.

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Retrato íntimo

Criada por Felipe Sant’Angelo e Teodoro Poppovic, que também assumem os roteiros ao lado de Iris Junges, Mariana Trench e Gustavo Suzuki, “Feras” é um retrato íntimo e uma comédia dramática sobre um grupo de pessoas, de 20 a 30 anos, que se relaciona, se apaixona e se desilude na maior cidade da América do Sul. “Por ser vivida por jovens em São Paulo, a série carrega uma metáfora sobre a busca por trabalho, dinheiro, envolta por uma mistura de sentimentos como o amor, a solidão e o ciúme. Quando li o roteiro, vi que muitos pensamentos, vontades e desejos dos personagens bateram com o meu, nesse período da vida. Com certeza muita gente vai se identificar com a história”, acrescenta a atriz, que há 10 anos deixou Sorocaba para morar na capital paulista.

Em São Paulo, em 2014, Frann foi um dos quatro atores “peneirados” pelo diretor Lee Taylor num criterioso processo que recebeu 500 inscritos para integrar o elenco do espetáculo “Lilith S.A”, cuja dramaturgia parte da história do mito de Lilith, que teria sido a primeira mulher de Adão, antes de Eva, e que resolveu rebelar-se para ser igual ao homem.  Antes disso, ao longo de cinco anos, Frann atuou em mais de dez peças da premiada companhia Club Noir, vencedora dos prêmios APCA, Governador do Estado, Prêmio Bravo, Shell e Melhor Estreia da Folha de S. Paulo.

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A estreia na televisão parece coroar um novo ciclo na carreira da atriz, que exatamente há um ano iniciava como dramaturga, com o espetáculo infantil “A minicostureira”, com direção das irmãs Cynthia e Débora Falabella. “Em um cenário de incerteza, dos rumos da cultura e do País, e de insegurança pela estreia como dramaturga, sem saber muito bem para onde iria, o sucesso do espetáculo é um conforto. Mostra que a gente está no caminho certo, que existe alguma razão na nossa intuição”, diz.

Sucesso de público, a montagem que estreou no Sesc Consolação e, ao longo de 2018 circulou por importantes palcos da capital, ganha uma nova temporada a partir de 2 de fevereiro no Teatro Porto Seguro. A peça fica em cartaz até 17 de março, sempre aos sábados e domingos, às 15h, e o ingresso varia entre R$ 20 e R$ 50.

Inspirada no conto “A moça tecelã”, de Marina Colasanti, a trama gira em torno de Clara, uma garota que cria seu próprio mundo, em meio a linhas, agulhas e tesouras. Lá vivem criaturas retalhadas por ela, como um peixe dourado que se chama Fidalgo, e assume o papel de seu melhor amigo, e uma Santa protetora das minicostureiras. Juntos, eles decidem realizar o maior sonho da menina, que logo vira um terrível pesadelo e faz com que a garota precise tomar a decisão mais difícil de seus vividos nove anos de idade e para o resto de sua vida. (Felipe Shikama) 

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