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Alienpovo lança “Rör”, seu primeiro álbum

29 de Março de 2019 às 21:02

Alienpovo lança “Rör”, seu primeiro álbum Alienpovo reúne Pêu Ribeiro, Ítalo Ribeiro, Bruno Cavalcante e Victor Fortes. Crédito da foto: Fabrício Viana / Divulgação

Compositor, produtor e multi-instrumentista, o sorocabano Pêu Ribeiro é o coração e o cérebro da banda Alienpovo, que faz sua estreia nos palcos neste sábado (30), lançando seu primeiro álbum, “Rör”. O show acontece às 20h, no Maloca Espaço Criativo, com abertura da banda sorocabana Ventilas.

Fruto de um trabalho solitário, ao menos a princípio, que marcou a retomada de sua carreira artística após um hiato dedicado exclusivamente à produção do Febre: Festival & Conferência de Música de Sorocaba, do qual Pêu é o fundador, Alienpovo é composta, ainda, por Ítalo Ribeiro (bateria, percussão e pads), Bruno Cavalcante (baixo, guitarra e sintetizadores) e Victor Fortes (sintetizador).

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Disponível desde o dia 11 nas principais plataformas digitais, “Rör” reúne nove músicas compostas por Pêu, que foi responsável também pelas letras, arranjos e produção, em uma trajetória que levou cerca de quatro anos para ser concluída. “Foi um processo solitário até determinado ponto. Começou como um processo individual [‘Rör’, inicialmente o nome do projeto solo, é uma abreviação sonora do nome do artista: Jorge] mas, em seguida, se tornou um processo coletivo. Eu não pensava em ter banda, mas o Ítalo começou a participar [da co-produção], me ajudou a encontrar a banda e a criar esse cosmo coletivo”, afirma.

Com influências que vão de Dirty Projectors, Daft Punk, Radiohead, Blonde Redhead e King Gizzard & The Lizard Wizard, a banda e artistas brasileiros como Cidadão Instigado, Criolo e Tulipa Ruiz, o álbum, segundo Pêu Ribeiro, tem como pano de fundo a exploração -- e superação -- de suas próprias limitações pessoais. “Eu precisei de um tempo para entender o que é uma criação, porque existem bloqueios. A gente acha que não é capaz, não gosta dos primeiros esboços, nunca fica satisfeito. Precisei passar por um processo psicológico, de autoconhecimento, de aceitar as minhas limitações e perceber que eu era capaz de fazer um trabalho consistente, pelo menos para mim. O processo pelo qual eu passei para lançar o disco foi mais importante do que o disco em si”, complementa.

Memórias

A criação lírica, segundo ele, foi a etapa mais desafiadora. “Verbalizar sentimentos ou ideias é muito difícil. Cada letra fala de parte importante de mim”. Com múltiplas camadas de sonoridade eletrônica e grooves dançantes, “Rör” reúne narrativas variadas como “Lar”, definida como tentativa de acessar memórias perdidas da infância; religiosidade, em “O sangue de cristo”, e as relações atuais, como “Venha”.

Músico autodidata e ex-integrante da banda Ini, Pêu Ribeiro comenta que, resolvida esta etapa de autoaceitação, o novo trabalho foi ganhando forma a partir de um intenso processo de produção e experimentação de grooves, timbres e efeitos sonoros. Além de vozes e sintetizadores, Pêu gravou todos os instrumentos ao longo de cinco meses, em sessões no seu próprio estúdio caseiro, no do co-produtor Ítalo Ribeiro e no Solana Records, também em Sorocaba. O álbum foi masterizado na Alemanha por Fabian Tormin. Além de Ítalo, que toca bateria em três faixas, o disco tem participação do guitarrista Gustavo Marques na música“Venha”.

Já a versão do Alienpovo para os palcos surgiu em paralelo ao álbum , que será vendido hoje em formato físico. Segundo Pêu, o quarteto vem formatando o show desde abril do ano passado. “Entra outros elementos, a música vai mudando. Não será uma reprodução do disco, mas uma releitura”. complementa. (Felipe Shikama)

Serviço

Alienpovo, lançamento do álbum “Rör”

Sábado (30), às 20h

Maloca Espaço Criativo (Francisco Scarpa, 321, Centro)

Ingressos custam R$ 10 pelo site www.eventbrite.com.br (até meio-dia) e estarão à venda no local, na hora do show, a R$ 15