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A moda invade as ruas e mostra que também é arte

07 de Novembro de 2020 às 00:01

A moda invade as ruas e mostra que também é arte SPFW comemora 25 anos com exposições e ocupações na Capital. Crédito da foto: Divulgação

A São Paulo Fashion Week (SPFW), que começou quarta-feira (5) e será encerrada domingo (8), acontece em ambiente totalmente on-line. A edição deste ano enfrentou o desafio de comemorar os 25 anos de existência de um dos mais importantes eventos de moda da América Latina em meio a uma pandemia. Entretanto, a expectativa subiu depois que a organização instituiu de maneira pioneira uma cota racial. A partir desta temporada, 50% dos modelos de cada apresentação devem ser afrodescendentes, indígenas ou asiáticos, com parentesco até segundo grau.

Como parte da comemoração dos 25 anos, uma exposição digital com imagens e vídeos que marcaram a história da SPFW está sendo exibida pela cidade. As imagens são projetadas em prédios e, segundo a organização, a seleção foi feita entre mais de 500 mil fotos e muitas horas de vídeo.

As coleções são apresentadas no canal do Youtube do evento. Os trabalhos que vêm sendo apresentados nesta semana no formato chamado de fashion filme provam que a pandemia não imobilizou o mercado da moda. Sem a possibilidade de encher salas de desfiles e colocar modelos para cruzar passarelas, os estilistas encontraram na dança um caminho para dar movimento às roupas e ao setor.

A coreografia de Bia Marques transformou os biquínis, maiôs e peças fluidas da grife Lenny Niemeyer em pura poesia. “Por baixo de cada peça de roupa existe um corpo com infinitas possibilidades de expressão”, disse a coreógrafa que coordenou as modelos do projeto divulgado na quarta-feira, 4.

Já Luisa Arraes e Caio Blat, que dirigiram a apresentação da marca Isabela Capeto, preferiram convidar bailarinos para executar a sequência rítmica assinada por Amália Lima.

Outro resultado do evento é a intervenção artística Moda Ocupação Outros Olhares, composta por dez imagens feitas a partir de colagem digital. Os painéis de dez metros de largura por dois de altura foram fixados com a técnica lambe-lambe e se incorporam à paisagem da capital paulista em ruas e avenidas, como a Augusta, Consolação, Vergueiro, Liberdade e Rebouças. (Da Redação com Estadão Conteúdo)