SP registra falta de oxigênio pela 1ª vez

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Crédito da foto: Cortesia/ Secom Sorocaba (24/07/2020)

Dez pacientes que estavam internados na UPA de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, com sintomas de Covid-19, precisaram ser transferidos na noite de sexta-feira, por falta de oxigênio. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, um atraso no abastecimento do insumo pela empresa White Martins (produtora do insumo) ocasionou o problema. Esse foi o primeiro registro de falta de oxigênio na cidade de São Paulo. A companhia negou qualquer problema de fornecimento na UPA.

Segundo Edson Aparecido, antes da pandemia, as unidades de saúde recebiam cilindros de oxigênio uma vez por semana, mas, durante os últimos dias, essa entrega vem sendo feita três vezes ao dia. “Estamos conversando com as empresas responsáveis (White Martins e outras) para resolver as questões de logística, como a possibilidade de concentrar os pacientes em algumas unidades”, disse.

O Hospital Municipal Doutor Ignácio de Proença Gouveia também chegou a ficar perto do limite do oxigênio disponível. Mas, neste caso, o abastecimento foi feito no tempo adequado para os pacientes não precisarem ser transferidos.

Ao menos 54 municípios paulistas estariam em “estado crítico‘ de abastecimento de oxigênio medicinal, diz levantamento do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems/SP) obtido pelo Estadão. Na lista, estão cidades do interior, como Bragança Paulista, da Baixada, como Santos, e da região metropolitana da capital, como Francisco Morato.

Em Campo Bom (RS), seis pessoas morreram em um hospital por falha no sistema de distribuição de oxigênio. A situação crítica ocorre no momento de auge da pandemia. (Estadão Conteúdo)