Audiências das reprises só comprovam a força das novelas

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Camila Queiroz trabalhou em “Êta Mundo Bom!”. Crédito da foto: Estevam Avellar

Camila Queiroz trabalhou em “Êta Mundo Bom!”. Crédito da foto: Estevam Avellar

Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery

Agora também, nesses tempos de pandemia, foi comprovada a importância das novelas na vida das principais emissoras de televisão.

Mesmo com as suas produções paralisadas e a obrigação de Globo e Record, em intensificar a programação de reprises, os resultados seguem em números dos mais aceitáveis.

Na faixa da tarde, como exemplos de uma e de outra, “Êta Mundo Bom!” e “A Escrava Isaura” continuam surpreendendo com as suas audiências, assim como, à noite, são bem satisfatórios os desempenhos de “Novo Mundo”, “Totalmente Demais”, “Fina Estampa”, “Apocalipse” e “Jesus”. Em linhas gerais, houve uma queda em relação às inéditas, mas quase nada consideradas as circunstâncias.

E porque a gravação antecipada de “Poliana” permitiu, só mais recentemente o SBT passou a se valer da reapresentação de “Chiquititas” e sem se alterar em nada também.

Mesmo considerando as tantas outras opções hoje oferecidas, o lugar das novelas na lista de preferências do telespectador brasileiro em nada foi abalado ou chega a correr qualquer risco.

Mídias

O “Simples Assim”, novo programa da Angélica, que estreia na Globo em 10 de outubro, também fará um forte aposta em outras plataformas com conteúdos exclusivos. E isso incluiu site e até podcast.

Número certo

“Amor de Mãe”, retomada no começo da semana, terá exatos 23 capítulos para fechar a sua produção. A decisão de só exibir no ano que vem tem muito a ver com a imprecisão do tempo que será necessário para as essas gravações, diante das medidas quer estão sendo impostas.

Falta de cuidado

Em se tratando de reprise, mas com o nome de “Você Torceu Aqui”, a Band escolheu um Corinthians e Santos para exibição no domingo passado. Isso, no dia seguinte da derrota do mesmo Corinthians para o Palmeiras pelo título paulista. Foi um desastre. Deu 1,6 de média.

Muito melhor

Com os campeonatos novamente em disputa, não faz mais sentido ficar repetindo jogos do passado. Na situação de emergência, tudo bem, agora não mais. Aliás, o que a Band poderia muito bem fazer, graças ao seu milionário arquivo, era voltar com o “Gol, O Grande Momento do Futebol”. Aí sim. Ninguém tem o que ela tem.

Olha essa

Em se tratando de arquivo, alguém com uma história importante na TV, Roberto Oliveira, usando material de arquivo da Band, está produzindo um filme e um especial da viagem de Elis Regina e Tom Jobim, “Elis & Tom”, em 1974, aos Estados Unidos. Lançamento nos cinemas e exibição no Arte 1 no começo do ano que vem.