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Voos da Avianca em Congonhas ficam com Azul, MAP e Passaredo

31 de Julho de 2019 às 22:06

Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Crédito da Foto: Divulgação/Decea

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras conseguiu, nesta quarta-feira (31), mais 16 horários de pousos e decolagens (slots) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde tem hoje 26 partidas e chegadas. Os slots eram da Avianca Brasil e foram distribuídos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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A Passaredo recebeu 14 e a amazonense MAP ficou com 12. As duas últimas, porém, têm nove dias para comprovar que atendem "requisitos operacionais" de Congonhas.

No mercado, é visto com ceticismo a capacidade de as aéreas menores comprovarem a capacidade técnica e também conseguirem ser competitivas no aeroporto. Caso não consigam demonstrar que atendem os requisitos, os slots voltam para a Anac para nova redistribuição.

Um dos empecilhos apontados é que MAP e Passaredo operam com ATR, aeronaves bimotor que podem ter dificuldade para atingir a velocidade mínima decolagem exigida na pista principal de Congonhas.

Um analista do setor considera ainda improvável que uma companhia seja competitiva com esses modelos em rotas dominadas por empresas que operam com aviões maiores. Também diz ser pouco viável para uma aérea ter em sua frota apenas dois ou três jatos de maior porte. "Uma solução seria que alugassem aeronaves já com tripulação de outras companhias ou, agora que elas têm um ativo valioso (slots), serem vendidas."

A partilha dos slots ocorreu sob nova regra da Anac que beneficiou a Azul. As concorrentes Latam e Gol não puderam disputar porque só aéreas "entrantes" -- com até 54 voos por dia no aeroporto -- puderam concorrer. Antes, a regra para ser considerada "entrante" era ter cinco voos diários, o que excluía a Azul.

Apesar de crescer em Congonhas, a Azul deve passar a ter 7,6% dos slots. A Gol tem 43,6% e a Latam, 43,9%.

Procurada, a MAP informou que sua capacidade técnica foi verificada antes do envio da solicitação de slots. A reportagem não localizou a assessoria da Passaredo. (Luciana Dyniewicz - Estadão Conteúdo)