Paulinho do Roupa Nova morre aos 68 anos vítima de Covid-19

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Crédito da foto: Reprodução

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O cantor Paulinho, do Roupa Nova, morreu nesta segunda-feira, 14, aos 68 anos. Ele estava internado em um hospital na zona sul do Rio. A internação veio a público no último dia 4 de novembro, quando ele testou positivo para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Na ocasião, ele já estava há cerca de dois meses se recuperando de um transplante de medula óssea no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN).

Paulinho chamava-se, de batismo, Paulo César dos Santos. Nascido no Rio a 6 de setembro de 1952, era percussionista e vocalista do Roupa Nova, apesar de ser mais conhecido por suas interpretações.

Sua história na música começa ainda na década de 1970, quando passa a formar a banda de bailes Los Panchos Villa, com os também amigos de Roupa Nova Kiko e Feghali.

Depois de um convite feito por um dos integrantes do grupo Os Famks, migrou de conjunto e levou consigo o guitarrista Kiko.

Uma das vozes mais potentes do Roupa Nova, ele tinha como sucessos obrigatórios de serem cantados nos shows canções como Canção de Verão, Clarear, Sensual, Volta pra mim, Whisky a Go-Go, Linda Demais, Meu Universo É Você, De volta pro futuro, Asas do Prazer, Os Corações não São iguais, Maria Maria e Felicidade, dentre várias outras.

Ele chegou a gravar com o Roupa Nova vocais com importantes nomes da música, como o grupo The Commodores, em Esse Tal de Repi Enroll. Ivete Sangalo (em O Sal da Terra) e Elba Ramalho (em Fé Cega, Faca Amolada) também fizeram parcerias, além de Marjorie Estiano, Fresno, Zezé Di Camargo e Luciano, Marcos e Belutti, Tico Santa Cruz e Angélica, mostrando o poder de alcance que sua voz tinha a frente do grupo.

Um dos raros momentos em que se afastou do grupo foi em 2009, quando, alegando problemas de saúde, foi substituído pelo ex-vocalista da banda Rádio Táxi, Maurício Gasperini, em três shows do Roupa Nova. Ele é um dos membros fundadores do grupo, que mantém sua formação original há mais de 40 anos. Em 2009, veio um Grammy Latino na categoria melhor álbum pop contemporâneo brasileiro, concorrendo com Rita Lee, Ivete Sangalo, Skank e Jota Quest. (Estadão Conteúdo)