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Ministério da Saúde reserva 150 leitos para vítimas de rompimento da barragem

25 de Janeiro de 2019 às 18:16

Lama invade parte da cidade de Brumadinho. Crédito da foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

O Ministério da Saúde afirmou que todas as equipes do Samu que atuam na região afetada pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG) estão mobilizadas para atendimento de vítimas e 150 leitos de hospitais foram colocados à disposição.

Equipes foram mobilizadas para dimensionar a necessidade de suprimentos, abrigos e atendimento para população afetada. A pasta informou que, numa segunda etapa, a equipe de Vigilância em Saúde vai monitorar a contaminação dos recursos hídricos, principalmente o do Rio Paraopeba, que abastece as cidades da região. (Lígia Formenti - Estadão Conteúdo)

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Rejeito na hidrelétrica de Furnas

A estatal Furnas, do grupo Eletrobras, monitora a chegada dos rejeitos da barragem de Brumadinho em sua hidrelétrica Retiro Baixo, que funciona no Rio Paraopeba, podendo comprometer as operações da usina.

A barragem da usina hidrelétrica Retiro Baixo, confirmou a Agência Nacional de Águas (ANA), está localizada a 220 km do local do rompimento e "possibilitará amortecimento da onda de rejeito". Segundo a ANA, "estima-se que essa onda atingirá a usina em cerca de dois dias".

O Rio Paraopeba faz parte da bacia do Rio São Francisco. A hidrelétrica Retiro Baixo está localizada entre os municípios mineiros de Curvelo e Pompeu. A usina tem duas turbinas em operação, com capacidade instalada de 82 megawatts, energia suficiente para atender 200 mil habitantes, e opera desde 2010. Seu reservatório de 22 quilômetros quadrados.

Barragem de rejeitos da Vale se rompeu em Brumadinho, Minas Gerais. Crédito da Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de MG Barragem de rejeitos da Vale se rompeu em Brumadinho, Minas Gerais. Crédito da Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de MG

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Por meio de nota, a ANA informou que está em constante comunicação com os órgãos e autoridades federais e estaduais, inclusive no âmbito de recente Acordo de Cooperação sobre Segurança de Barragens, que está permitindo troca facilitada e mais rápida de dados sobre a situação no local do evento.

"A ANA está monitorando a onda de rejeito e coordenando ações para manutenção do abastecimento de água e sua qualidade para as cidades que captam água ao longo do Rio Paraopeba", declarou. "A fiscalização da barragem rompida, de acumulação de rejeito de mineração, cabe à autoridade outorgante de direitos minerários", informou a agência, referindo-se à Agência Nacional de Mineração (ANM). (André Borges - Estadão Conteúdo)