Dia Mundial do Câncer incentiva ações individuais no combate à doença
Nas mulheres, o câncer de mama é responsável por 29,7% dos casos da doença. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (23/11/2017)
Celebrado no dia 4 de fevereiro, o Dia Mundial do Câncer é uma iniciativa da União Internacional de Controle do Câncer (UICC) desde 2005. Essa ação busca conscientizar a população sobre o combate à doença. Neste ano, a campanha convida as pessoas a apresentarem sugestões de ações, mesmo que locais, para ajudar a reduzir o impacto do câncer na sociedade.
De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), para cada ano de 2020 a 2022, o Brasil deverá registrar 625 mil novos casos da doença “A necessidade de trabalharmos na conscientização da população é enorme, visto que o câncer é a segunda causa de morte no mundo todo. Caso não seja feito nada para mudar esse cenário, a previsão é que, em 2030, o número de mortes subirá para 13 milhões” adverte Dr. Gilson Delgado, médico oncologista e diretor técnico e científico do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS).
Segundo o Instituto Oncoguia, é possível identificar mais de 200 tipos diferentes de canceres. Para 2021 e 2022, conforme os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, os cânceres mais incidentes serão os de pele não melanoma, com 177 mil casos, seguido pelos cânceres de mama e próstata, com 66 mil casos cada. Além disso, câncer de cólon e reto apresentam 41 mil casos, 30 mil de pulmão e 21 mil de estômago.
Conforme o Ministério da Saúde, os tipos de câncer mais frequentes em homens, se não contarmos o câncer de pele não melanoma, são próstata, sendo 29,2% dos casos; cólon e reto, 9,1% dos cânceres; pulmão são 7,9%; estômago com 5,9%; e cavidade oral compõe 5%. Nas mulheres, também exceto o câncer de pele não melanoma, os principais são os de mama, responsáveis por 29,7%; cólon e reto com 9,2% casos; colo do útero, 7,4%; pulmão com 5,6%; e tireoide, 5,4%. Todos esses - exceto o de tiroide - podem ser prevenidos.
Métodos de prevenção e importância do diagnóstico precoce
Para Dr. Gilson, um dos principais caminhos para reverter o quadro atual, é atuar no incentivo à informação sobre a doença. “No mínimo 1/3 dos cânceres pode ser prevenido, e outro 1/3 pode ser curado, se detectado precocemente e tratado apropriadamente. Isto pode significar salvar até 3,7 milhões de vidas por ano”, ele apontou.
O médico ainda explicou que, atualmente, 65% das mortes acontecem nas regiões menos desenvolvidas, sendo pobres, indígenas, imigrantes, refugiados e outros. “Independentemente de dados científicos, relacionados ao conhecimento do câncer, será preciso desenvolver políticas adequadas, reduzir o medo, aumentar a compreensão, eliminar mitos e crenças e mudar comportamentos e atitudes”, afirmou o especialista.
Algumas medidas que devem ser adotadas, conforme aponta o diretor técnico e científico do IOS, é a redução da exposição aos fatores de risco, como consumo de tabaco e álcool, obesidade e sobrepeso, dietas não saudáveis, níveis de inatividade física, exposição solar desnecessária e atividades sexuais realizadas sem métodos protetivos.
Além disso, o oncologista chama a atenção para a importância da realização de exames, manter a vacinação em dia e procurar um médico para acompanhamento regular. (Da Redação)