Defesa apresenta o novo comando das FA

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Braga Netto e Bolsonaro com os novos comandantes. Crédito da foto: Reprodução / Facebook

Braga Netto e Bolsonaro com os novos comandantes. Crédito da foto: Reprodução / Facebook

O ministro da Defesa, Braga Netto, anunciou ontem (31) o nome dos três novos comandantes das Forças Armadas brasileiras (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Para o Exército, foi escolhido o nome do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, atual chefe do Departamento-Geral de Pessoal (DGP) da corporação. Ele vai substituir o general Edson Pujol, que deixou o cargo ao lado dos outros comandantes das Forças nesta semana por decisão do presidente e do novo ministro da Defesa, em um gesto inédito na histórica do País.

Na Marinha, assume o almirante de esquadra Almir Garnier Santos, no lugar de Ilques Barbosa. Santos deixará o comando da secretaria-geral do Ministério da Defesa.

Já o escolhido para comandar a Força Aérea Brasileira (FAB) é o brigadeiro Carlos Alberto Batista Júnior, atual comandante-geral de apoio (logística) da corporação. Ele substitui Antônio Carlos Moretti Bermudez.

Em um breve pronunciamento para apresentar os novos comandantes, o ministro da Defesa falou sobre a atuação das Forças Armadas no combate a pandemia. “As Forças Armadas são fatores de integração nacional e têm contribuído diuturnamente nessa tarefa com a Operação Covid-19 com inúmeras atividades”, destacou Braga Netto.

Ele também afirmou os militares se manterão fieis à Constituição Federal. “A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea brasileira se mantêm fieis às suas missões constitucionais de defender a pátria, garantir os poderes constitucionais e as liberdades democráticas.”

Antiguidade

O presidente Bolsonaro não respeitou o critério da antiguidade no Exército e na Marinha, mas o princípio foi obedecido na Aeronáutica. Todos os nomeados têm bom trânsito na tropa. Antes, a ex-presidente Dilma Rousseff já havia quebrado a tradição de escolher o oficial mais antigo para comandar a tropa.

No caso do Exército, além de ser o terceiro na lista de antiguidade, Paulo Sérgio não era a primeira opção de Bolsonaro. O general contrariou o presidente em recente entrevista ao jornal Correio Braziliense, na qual apontou a possibilidade de uma terceira onda de Covid-19 no País e defendeu o isolamento social.

Pesou a favor de Paulo Sérgio, porém, o fato de ter um perfil apaziguador, hábil no trato com subordinados e um estilo “um manda, outro obedece”, como definiu certa vez o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde que teve a gestão marcada pelo estrito cumprimento de ordens do presidente. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)