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Criminosos foragidos da Justiça recebem o auxílio emergencial de R$ 600

01 de Junho de 2020 às 18:04

Sem correção do salário mínimo, economia pode ir a R$ 37 bilhões O benefício emergencial foi adotado pelo governo durante a pandemia. Crédito da foto: Marcos Santos/ USP Imagens

Traficantes de drogas, assassinos e assaltantes de banco receberam os R$ 600 de auxílio emergencial do programa do Ministério da Cidadania. Eles são 11 de uma lista de 22 criminosos mais procurados no Brasil.

A denúncia foi mostrada neste domingo (31) no programa Fantástico, da Rede Globo. As irregularidades relacionadas à destinação do dinheiro não estão restritas aos foragidos da Justiça. Brasileiros residentes no exterior também foram beneficiados com a medida do governo federal.

Essa lista de foragidos está publicada no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Por meio dela, os nomes dos criminosos foram cruzados com a base de dados de solicitantes do auxílio emergencial.

Integrantes da lista

Entre os criminosos, 11 deles tiveram os recursos do auxílio emergencial liberados. Entre eles, William Moscardini, conhecido como Baixinho. Ele é acusado de participar do roubo de R$ 120 milhões, em 2017, de uma empresa de transporte de valores no Paraguai.

Baixinho não foi preso pelo crime do roubo. Em contrapartida, já recebeu duas das três parcelas do auxílio emergencial do governo federal.

O benefício dos R$ 600 também foi dado a Leomar de Oliveira Barbosa. Léo Playboy, como é conhecido, foi condenado a 36 anos de prisão.

Léo Playboy era considerado o braço direito de Fernandinho Beira-Mar. Ele é procurado pela Polícia Federal desde 2018.

Foragidos da Justiça

Segundo o relatório de investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), mais de 27 mil foragidos da Justiça tiveram o auxílio emergencial aprovado pela Caixa. Nesse universo, o governo federal gastou mais de R$ 16 milhões somente com o pagamento da primeira parcela.

Além de criminosos, a investigação da CGU identificou golpistas que receberam os recursos utilizando dados de pessoas que já morreram. A lista inclui ainda presos que se cadastraram com celulares que circulam dentro das cadeias.

Brasileiros residente fora do País também estão recebendo os recursos de modo irregular. Em Portugal, brasileiros confirmaram, em conversas em grupos de aplicativos de mensagens, que deram entrada no benefício. (Da Redação)