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Bolsonaro lamenta estragos por rompimento de barragem em MG

25 de Janeiro de 2019 às 18:37

Bolsonaro reforçou que lamenta profundamente o ocorrido em Brumadinho. Crédito da foto: arcos Correa/ Presidência do Brasil

O presidente Jair Bolsonaro se manifestou sobre o rompimento da barragem da mineradora Vale, na Mina Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Em entrevista à rádio Regional de Brumadinho, Bolsonaro declarou que a tragédia de Mariana (MG), em novembro de 2015, deveria ter servido de alerta para evitar o rompimento de outra barragem nesta sexta-feira, 25, em Brumadinho.

Ele reforçou que "lamenta profundamente" o ocorrido. "Acionamos o gabinete chamado de crise em Brasília, ficaremos antenados aí 24 horas por dia para prestar informações à população, para colher informações também, de modo que possamos minimizar mais essa tragédia depois de Mariana, que a gente esperava que não tivesse uma outra, até por uma questão de servir de alerta aquela", declarou Bolsonaro na entrevista.

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O presidente prometeu que o governo federal vai empenhar esforços para diminuir o impacto ambiental e as consequências do rompimento à população. "Vamos tentar diminuir o tamanho do mal que essa barragem aí, ao se romper, proporciona junto ao Meio Ambiente e junto à população em geral."

Ao ser perguntado sobre a fiscalização de estruturas que armazenam resíduos de mineração como a barragem em Brumadinho, Bolsonaro justificou que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, "sequer teve ainda como montar uma boa administração que vai particularizar a questões destas áreas". "Não quero começar a culpar os outros pelo que está acontecendo, mas algo está sendo feito errado ao longo dos tempos."

Ele pontuou, no entanto, que a prevenção a tragédias deveria partir primeiro da empresa que executa obra em barragens. "Se bem que a questão da Vale do Rio Doce nome da Vale até 2007 não tem nada a ver com o governo federal, apenas cabe a nós a fiscalização por parte do Ibama, que é o órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, e buscar meios para se antecipar a problemas, mas esses meios partem primeiramente da empresa que executa a obra."

Planalto

O Palácio do Planalto ainda não tem o número oficial de mortos e, por isso, não quer ainda falar sobre isso. Mas o número inicial que tinha chegado ao Planalto era de 150 desaparecidos. O Corpo Bombeiros de Minas, no entanto, já fala em 200 desaparecidos. O governo quer centralizar as ações para agilizar os esforços. Dentro dessa ideia, um gabinete de crise avançado do Planalto deverá ser montado em Minas, para concentrar as discussões das ações e informações.

O ministro Ricardo Salles deverá engatilhar esta ação em sua chegada a Minas. O gabinete de crise do Planalto, em um primeiro momento, ficará a cargo do Gabinete de Segurança Institucional, que tem à frente o ministro Augusto Heleno. Outro braço está em funcionamento no Ministério do Meio Ambiente.

Ainda não está decidido, mas a previsão é de que o presidente Jair Bolsonaro, após fazer vistoria aérea da área inundada e se reunir com governador de Minas, Romeu Zema (Novo), e os ministros gabinete de crise e autoridades locais, retorne para Brasília.

No domingo, o presidente vai para São Paulo para se internar, para ser submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia. (Tânia Monteiro e Daniel Weterman - Estadão Conteúdo)