Presidente da República, Jair Bolsonaro, definiu sistema de proteção social das Forças Armadas. Crédito da foto: Marcos Corrêa / Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro chegou no período da tarde desta quarta-feira (20) ao Congresso acompanhado pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para entregar a proposta de reestruturação do sistema de proteção social das Forças Armadas.

Eles entregarão o texto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a outros parlamentares que acompanham a entrega do documento.

O envio do PL dos militares era aguardado pelos parlamentares para que a proposta de emenda à Constituição da reformulação da Previdência geral comece a tramitar de fato.

Ela foi entregue há exatamente um mês e ainda não avançou.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse à Globonews que a proposta do governo inclui "sacrifícios" da parte das Forças Armadas, mas apontou que haverá compensações pelo fato de os militares passarem mais tempo na ativa.

"O militares entendem muito bem o que é sacrifício. Não queremos um tratamento distinto. Agora, a proposta traz mudanças nos tempos de interstício entre os diferentes postos, com compensações, já que será necessário ficar mais tempo na ativa", explicou Mourão, em entrevista ao canal de TV.

O vice-presidente rebateu as críticas feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que insinuou que a categoria desejaria privilégios mesmo entrando por último na reforma. "Maia não foi feliz. Ele com certeza precisa conhecer melhor as Forças Armadas. Mas é a opinião dele", respondeu, lembrando que o Congresso irá discutir a proposta do governo e poderá alterá-la.

Mourão ainda minimizou boatos que circularam nas três forças sobre versões equivocadas da proposta. "Também existem 'fakes news' nas Forças Armadas", brincou. (Estadão Conteúdo)