Bolsonaro diz que não fará críticas à decisão do STF sobre DPVAT
O STF suspendeu a medida provisória que dava fim ao DPVAT. Crédito da foto: Fábio Rogério (4/12/2019)
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (20) que não fará críticas à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a medida provisória que dava fim ao Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT).
"Decisão do Supremo. Não vou criticar", disse o presidente no final da manhã desta sexta, em frente ao Palácio da Alvorada. Por 6 a 3, o Supremo impôs ontem derrota ao Palácio do Planalto e suspendeu a MP assinada por Bolsonaro.
Derrota
O julgamento começou na última sexta-feira (13), no plenário virtual do Supremo - uma ferramenta que permite realizar julgamentos online sem a presença física dos ministros - e foi concluído às 23h59 desta quinta-feira. Dentro do governo, a derrota no STF já era considerada certa.
"Como se depreende do texto constitucional, é necessária lei complementar para dispor sobre os aspectos regulatórios do sistema financeiro nacional", escreveu o relator do caso, ministro Edson Fachin, ao votar pela suspensão da medida provisória.
Tentativa de suspensão
A Rede Sustentabilidade acionou o Supremo para suspender a medida provisória do governo que dá fim ao DPVAT. A sigla afirma que o Planalto não apresentou argumentos suficientes para justificar a medida, que pode ter sofrido com "potencial desvio de finalidade" ao ser utilizada para atingir um desafeto político do presidente.
Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no mês passado, a decisão do presidente Jair Bolsonaro de editar uma medida provisória que extinguia, a partir de janeiro de 2020, o DPVAT e DPEM atingiria em cheio os negócios do presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE). (Mateus Vargas e Rafael Moraes Moura - Estadão Conteúdo)
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