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Alckmin diz ser improcedente inquérito do MP perto de eleição

24 de Setembro de 2018 às 17:20

O inquérito foi instaurado nesta segunda-feira. Crédito da foto: Emídio Marques/ Arquivo JCS (31/03/2018)

 

O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (24), em caminhada pela Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, que o inquérito aberto pelo MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo) para investigá-lo não tem nenhuma procedência. "Aliás, é sempre estranho a 14 dias da eleição abrir inquérito. Coisa sem menor sentido, não tem nenhum parente meu com terra naquela área", disse.

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O inquérito foi instaurado nesta segunda após o jornal Folha de S.Paulo mostrar que desapropriações de terrenos no governo de Alckmin em São Paulo beneficiaram familiares do tucano. As medidas, editadas em 2013 e 2014, mencionam como proprietários Othon Cesar Ribeiro, sobrinho do tucano, e Juliana Fachada Cesar Ribeiro, hoje sua ex-mulher e mãe de seus quatro filhos, para a construção de uma rodovia em São Roque, a 70 km da capital paulista. Os decretos resultaram em ações judiciais de desapropriação.

Othon é filho de Adhemar Ribeiro (irmão de Lu), cunhado de Alckmin citado em delações como arrecadador de caixa dois para campanhas do tucano. Além de aparecer nos decretos, o sobrinho é parte em um dos processos de desapropriação na Justiça que começou a tramitar em 2014. Ele chegou a se apresentar em juízo ao lado da então mulher para tratar do assunto. Depois, em 2015, entrou com um pedido para ser retirado, alegando ser parte ilegítima pelo fato, segundo ele, de Juliana ser a proprietária e por eles serem, na época, casados no regime de separação total de bens. O juiz não o excluiu. O promotor do MPSP Marcelo Milani pediu a abertura da investigação e deu um prazo de 20 dias para que Alckmin, o sobrinho e a concessionária se manifestem sobre as acusações. (Folhapress)