Ação conjunta entre Estado e municípios propõe medidas mais restritivas

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Fred Guidoni

Videoconferência tratou das questões relacionadas a medidas mais restritivas numa ação conjunta entre Estado e municípios. Crédito da foto: Divulgação

O governador João Doria coordenou uma videoconferência com mais de 600 prefeitos na tarde desta terça-feira (2) para debater novas ações conjuntas de enfrentamento ao coronavírus.

O recrudescimento da pandemia levou o governo de São Paulo e as prefeituras a um alinhamento para a eventual aplicação de medidas mais restritivas em todos os 645 municípios do estado.

“O momento é de união e mobilização diante de uma circunstância gravíssima como essa. As duas piores semanas desde o início da pandemia estão por vir, nós temos de estar preparados. Não podemos estar ausentes, indiferentes, tratarmos isso com frieza ou debaixo de pressões que não sejam exclusivamente pela proteção à vida”, disse Doria.

Participação online em massa

A reunião online teve a participação de 618 prefeitos e prefeitas, além dos secretários de Estado Marco Vinholi (Desenvolvimento Regional), Jean Gorintcheyn (Saúde) e Patricia Ellen (Desenvolvimento Econômico) e os coordenadores do Centro de Contingência, Paulo Menezes e João Gabbardo.

Doria reforçou que a situação atual no estado é alarmante e que Estado e prefeituras precisam de ações coordenadas para preservar vidas e reduzir a pressão sobre a capacidade hospitalar do SUS e também de hospitais privados.

“Esta é a prioridade absoluta em São Paulo. Queremos mostrar a todos a situação real e as ações que precisamos tomar agora em conjunto com as prefeituras”, afirma.

Presidente da Associação Paulista de Municípios (APM), Fred Guidoni. Crédito da foto: Arquivo pessoal

Apoio às medidas restritivas

O presidente da Associação Paulista de Municípios (APM), Fred Guidoni, formalizou em carta apoio “às medidas estruturais de combate à pandemia adotadas pelo Plano SP” e reconheceu o “esforço de governador e prefeitos” no enfrentamento da crise sanitária. A APM também ressaltou a “inércia do governo federal em adotar atitudes eficazes e ações eficientes em âmbito nacional”.

O governo estadual reforçou aos prefeitos que São Paulo possui 7.415 pacientes internados em UTIs, número recorde desde o início da pandemia. “Se não aplicarmos medidas mais restritivas, teremos onze dias até um colapso em nosso sistema de atendimento hospitalar”, dz o secretário da Saúde.

“O cenário é alarmante e exige uma ação pronta e unificada de todos nós. Situação é preocupante em todas as regiões, com maior gravidade no interior”, acrescenta o secretário de Desenvolvimento Regional. (Da redação, com informações do Palácio dos Bandeirantes)