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4 dicas para economizar na compra de medicamentos

Com o novo reajuste, é preciso pesquisar, comparar preços e buscar por programas de fidelidade

25 de Maio de 2022 às 11:15
Senhor Tanquinho [email protected]
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O texto abaixo é uma contribuição de Luiz Affonso Mehl.

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Os medicamentos estão mais caros desde abril de 2022, devido ao reajuste de preço autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). Para driblar o aumento e não ter o orçamento tão prejudicado, o consumidor pode apostar em algumas dicas concedidas por entidades como a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) e o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

Uma vez por ano, a Cmed divulga o preço máximo de medicamentos nas indústrias e no varejo, limitando os reajustes a um teto percentual. Os valores são atualizados com base em um cálculo que considera a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro do ano vigente, além de gastos específicos da indústria farmacêutica, como matérias-primas, câmbio e energia.

Nos anos anteriores, eram aprovados três níveis de reajuste pela Cmed, que variavam de acordo com o tipo da medicação e a competitividade das empresas no mercado. Medicamentos mais caros, por exemplo, passavam por um reajuste menor. Neste ano, contudo, todos poderão ser reajustados em até 10,89%, sem distinção.

Com os novos preços, seguir algumas orientações pode ajudar o consumidor a não deixar de adquirir um medicamento do qual necessita, mas sem comprometer a sua organização financeira.

1. Recorra à Farmácia Popular

O primeiro passo a ser dado na busca por medicamentos baratos é verificar se ele está disponível no programa Farmácia Popular. Criado pelo governo para facilitar o acesso da população a remédios considerados essenciais, o programa oferece alguns deles gratuitamente, em especial os voltados para hipertensão, diabetes e asma.

São oferecidos também outras medicações com valores até 90% mais baixos, incluindo para colesterol alto, Parkinson, rinite, osteoporose e glaucoma.

Os medicamentos podem ser encontrados em redes credenciadas do “Aqui tem Farmácia Popular”. Elas costumam ter uma placa sinalizando essa disponibilidade.

2. Pesquise preços

O Sindusfarma sugere às pessoas que pesquisem e comparem os preços dos remédios em diferentes farmácias e drogarias para conseguir as melhores ofertas. Alguns estabelecimentos até cobrem os valores da concorrência.

Utilizar sites e aplicativos que comparam preços de remédios on-line e indicam lugares com descontos também é uma alternativa. Além disso, optar pelo genérico de um medicamento fica sempre mais barato.

É possível, inclusive, pedir para que o médico faça a prescrição pelo nome do princípio ativo e não o comercial. Assim, pode-se comparar os valores do mesmo genérico de diferentes laboratórios e escolher o que apresentar o melhor preço.  

3. Busque por programas de fidelidade

Entrar em programas de fidelidade é uma dica para quem quer encontrar preços menores. Conforme a Proteste, programas de fidelidade de laboratórios, por exemplo, são aceitos em diversas farmácias e podem render até 70% de desconto.

Cadastrar-se em programas de fidelidade das próprias farmácias também pode gerar descontos para o cliente. Em entrevista à imprensa, a coordenadora do programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Ana Carolina Navarrete faz um alerta para que os consumidores fiquem atentos ao compartilhar e cadastrar dados como o CPF.

Ela pontua que nem sempre as políticas de descontos com base na coleta desse documento são transparentes e que a informação pode acabar nas mãos de terceiros.

4. Procure descontos por plano de saúde ou profissão

Pessoas vinculadas a alguma associação de classe profissional ou sindicato podem verificar se há parceria com alguma rede, o que também contribui para a redução de preço por descontos. Além disso, alguns estabelecimentos oferecem preços especiais para clientes que tenham convênio com algum plano de saúde.