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Educação

Eles conquistam bons resultados na sala de aula e nas piscinas

No Colégio Politécnico, os estudantes encontram o ambiente ideal para se desenvolverem no esporte e terem um bom rendimento escolar

01 de Dezembro de 2023 às 23:01
Denise Rocha [email protected]
Miguel
Miguel (Crédito: ARQUIVO PESSOAL)

 

Miguel Guilherme Leite tem 14 anos e acumula muitas conquistas. São 300 medalhas e nove troféus. Em sua categoria, possui os títulos de Tetra Campeão Brasileiro de Natação e Penta Campeão Paulista.

Agora, imagina que essa história começou meio que por acaso, como um incentivo dos pais para aprender o básico no Programa Atleta do Futuro, do Sesi. Com pouco mais de seis anos, ele deu as primeiras braçadas na piscina. A evolução ocorreu facilmente, afinal ele se adaptou muito bem na água. Logo a equipe técnica percebeu o potencial do Miguel, que passou para o Alto Rendimento, com mais horas de treino, dedicação e exigência de perfeição dos movimentos em menor tempo.

A trajetória no esporte também contribui para trazer responsabilidade ao jovem. Talvez até seja algo natural tendo em vista que disciplina e compromisso são fundamentais. “Para um atleta profissional de natação, é mais do que apenas uma atividade física. É uma disciplina rigorosa, um meio de competição e superação pessoal. Representam horas dedicadas ao treinamento, foco mental, busca constante por aprimoramento técnico e, claro, a participação em competições de alto nível. Os atletas geralmente têm uma forte conexão emocional com o esporte e veem a natação como parte integral de suas vidas e identidades”, explica.

Mas ele é também um garoto de sorte. É que em casa, estão seus principais torcedores. A mãe, Janaína Aparecida Sales Leite, acompanha o filho com alegria. “Acho que minha presença nas competições é muito bem-vinda para o Miguel. O fato de ele ver que eu estarei na arquibancada torcendo por ele, vibrando com ele, é muito importante!”, comenta. Como nem sempre o resultado é a vitória, Janaína marca presença. É a certeza de um abraço acolhedor nos melhores e piores resultados.

Além disso, ela costuma dizer que Miguel consegue atrair sempre coisas boas. É assim no relacionamento também com o Colégio Politécnico. “É impossível não lembrar da assistente social Silmara, que sempre tratou o Miguel e nossa família com muito carinho”, recorda ao lembrar dos primeiros anos no colégio, onde estudam os dois filhos.

Eles são os Veloso, mas pode chamar de os velozes...

Sim o trocadilho com o nome, já rendeu até camiseta. Pense, se um é bom, imagina os quatro filhos atletas de natação de alta performance. Sim, são motivos de muito orgulho para a família. Três deles são alunos do Poli.

Carolina - ARQUIVO PESSOAL
Carolina (crédito: ARQUIVO PESSOAL)

Na água, os irmãos Carolina, de 16 anos, Bernardo, de 14, Beatriz, de 12, e Eduardo Veloso, de 10, mergulham diariamente no mundo da natação e são destaques nas piscinas do Sesi de Votorantim. “Nossa família reflete não apenas a habilidade nas águas, mas também o espírito competitivo e a determinação dos irmãos”, explica a mãe. Ela ainda conta que foram os primeiros mergulhos de Carolina, aos seis anos, que serviram de inspiração para os irmãos mais novos, que aprenderam a nadar com 2 anos de idade. “Sou muito grata, esse esporte me ensinou muito. Aprendi a lidar com frustrações, a ser humilde, e o mais importante, fiz as melhores amizades, que vou levar pra vida”, comenta Carolina.

Rotina puxada

Os irmãos Veloso merecem o reconhecimento que conquistaram. Eles acumulam inúmeros troféus e medalhas. A mais recente, foi a medalha de Ouro, do Bernardo, nos 200m Medley Infantil, no Campeonato Brasileiro em Recife, ocorrido de 21 a 25 de novembro. “Sou feliz com a natação. Aprendi com meus erros e comemoro muito os meus acertos! E o mais legal, me divirto com meus amigos”, comemora o campeão.

Bernardo - ARQUIVO PESSOAL
Bernardo (crédito: ARQUIVO PESSOAL)

Com esse espírito, eles mantêm a disciplina necessária. “Entre aulas no Colégio Politécnico, tem os treinos rigorosos, que inclui nadar entre 5 e 8 km, em 2:30h de treino diariamente, de segunda a sábado, além de sessões de fortalecimento muscular”, explica a mãe.

Já deu para perceber que isso tudo seria impossível sem apoio. Por isso, trata-se de um projeto que envolve a família e uma rede no entorno dos estudantes. Os pais Rosângela e Marco Antônio, a escola e o técnico Renato dos Santos, do Sesi, têm o desafio de ajudar os jovens a manter um equilíbrio entre o desempenho esportivo e acadêmico. “Posso dizer que o desempenho escolar dos meus filhos é sensacional, pois devido aos treinos, eles não têm tempo para os estudos fora da sala de aula, e vão muito na escola. Inclusive na área pedagógica do Politécnico e a coordenação da escola contribuem diretamente no sucesso. Com eventos que muitas vezes coincidem com períodos letivos, a flexibilidade proporcionada é notável. Ao oferecer datas alternativas para avaliações, a escola evita interferir nas aulas regulares e na rotina dos professores, permitindo que os alunos-atletas se dediquem integralmente aos desafios esportivos sem comprometer sua educação”, detalha Rosângela.

Beatriz - ARQUIVO PESSOAL
Beatriz (crédito: ARQUIVO PESSOAL)

Para a Beatriz, existem muitos motivos para comemorar. “Eu gosto muito de competir. Tenho sorte dos meus irmãos me darem dicas e me apoiarem no dia da competição. Adoro meus amigos da natação”, diz.

Os benefícios

Na conversa com as mães, a clareza de que o esporte é sem dúvida uma importante ferramenta para desenvolver habilidades únicas, com benefícios que passam pela saúde mental e física dos estudantes. Em atividade, enfrentando desafios, fazendo amizades e trabalhando a própria personalidade, eles constroem um caminho promissor, com boas histórias. Independentemente da posição no pódio de cada, são vencedores nas piscinas e fora delas. (Denise Rocha)

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