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Editorial

Sobre a importância da empregabilidade

03 de Maio de 2024 às 22:11
Cruzeiro do Sul [email protected]
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O trabalho desempenha um papel fundamental na vida das pessoas, proporcionando não apenas sustento financeiro, mas também realização pessoal, senso de propósito e conexão com a comunidade. Além disso, o trabalho pode ser uma fonte de crescimento pessoal e profissional, permitindo que as pessoas desenvolvam novas habilidades e alcancem seus objetivos.

A falta de trabalho, por sua vez, pode causar diversos impactos negativos, tanto em nível individual quanto coletivo. Para as pessoas, a falta de trabalho pode resultar em dificuldades financeiras, instabilidade emocional, perda de autoestima e sentimentos de isolamento social.

Além disso, a ausência de oportunidades de trabalho pode levar a comunidades inteiras a enfrentar problemas como pobreza, desigualdade e falta de desenvolvimento econômico. É uma situação desafiadora que pode afetar profundamente a qualidade de vida das pessoas e o bem-estar da sociedade como um todo.

É importante destacar que o País enfrenta desafios relacionados ao desemprego, subemprego e informalidade, que impactam significativamente a vida de muitas pessoas. O acesso a oportunidades de trabalho dignas e remuneradas é crucial para o desenvolvimento e a estabilidade econômica do Brasil.

Órgãos governamentais acompanham fielmente os dados sobre o mercado de trabalho no Brasil, com a disponibilização de dados, estudos e análises sobre emprego, desemprego, renda e outras questões relacionadas ao tema. Entre eles, há o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ministério da Economia, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e o Caged — Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que é o sistema do Governo Federal que contém todas as informações sobre os trabalhadores contratados em regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), conjunto de leis que regulamenta as relações trabalhistas no Brasil. Criada em 1943, ela estabelece direitos e deveres dos empregadores e trabalhadores, abrangendo temas como salário mínimo, jornada de trabalho, férias, 13º salário, entre outros. Através dele, empresas se comunicam com o governo e atualizam os dados sobre seus funcionários.

Segundo o Caged, a economia brasileira criou 244.315 postos de trabalho com carteira assinada em março de 2024. O número é 20% menor na relação com a geração de vagas em fevereiro, quando foram criados 306.708 empregos, após ajuste nos dados.

Sorocaba fechou março de 2024 com saldo positivo de empregos formais pelo terceiro mês consecutivo em 2024. O Caged mostra que foram criados 11.890 empregos no mês de março, mas ocorreram 10.664 desligamentos. O setor de serviços se destacou, com um saldo positivo de 760 empregos, resultado de 6.219 contratações e 5.459 demissões. Em segundo lugar, o comércio criou 231 vagas, seguido pela indústria com 198 e construção com 44. O setor agropecuário apresentou um saldo negativo de 7 contratações.

No quadro geral, apesar do número positivo, o Caged mostra que houve uma queda de quase 40% na criação de vagas formais na cidade em relação ao mês anterior. Em março, o saldo foi de 1.226 contratações e em fevereiro 2.024.

Para melhorar esses números, espera-se que o governo, de forma geral, incentive o empreendedorismo a partir de políticas e programas efetivos de apoio aos empreendedores, facilitando a abertura e a manutenção de negócios, especialmente para micro, pequenas e médias empresas.

O investimento em infraestrutura também é esperado, com projetos de obras públicas que realmente sejam necessária a melhoria da qualidade de vida da população, já que geram empregos diretos e impulsionam o crescimento econômico. O oferecimento de oportunidades para a formação e qualificação profissional e o desenvolvimento de habilidades alinhadas com as demandas do mercado de trabalho, preparando os cidadãos para ocupações em setores estratégicos, também é uma atribuição governamental, assim como o estímulo ao setor industrial, com incentivo à competitividade da indústria nacional, atração de investimentos e modernização tecnológica, que tem reflexo direto na empregabilidade.

Tudo isso não teria efeito prático se a necessária estabilidade econômica e fiscal do País, com a promoção de um ambiente econômico estável, com políticas fiscais responsáveis e previsíveis, fundamentais para a atração de investimentos e o fomento na geração de empregos. O tema é complexo e requer um conjunto abrangente de medidas que promovam um mercado de trabalho dinâmico e inclusivo.