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Clima

Chuvas no Rio Grande do Sul causam 39 mortes

Total de afetados é de 351 mil pessoas, conforme balanço da Defesa Civil

03 de Maio de 2024 às 22:19
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Cidades como Eldorado do Sul ficaram debaixo da água
Cidades como Eldorado do Sul ficaram debaixo da água (Crédito: ANSELMO CUNHA / AFP (3/5/2024))

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o dia 26 de abril continuam causando mortes, prejuízos materiais e transtornos à população. A cada novo balanço que a Defesa Civil estadual divulga, o número de pessoas afetadas pelas consequências dos eventos climáticos, como alagamentos, deslizamentos, inundações e enxurradas dá um salto.

Entre o primeiro e o segundo boletim que o órgão divulgou ontem (3), o registro de mortes confirmadas passou de 31 a 37 pessoas. Mas no início da noite o governo gaúcho informou que número havia subido para 39. Os feridos em consequência dos efeitos das chuvas passaram para 74.

O total de afetados permaneceu o mesmo (351.639), bem como o de cidades (235) cujas prefeituras reportaram prejuízos e de pessoas desaparecidas (74), mas o número de desalojados, ou seja, de pessoas forçadas a deixar suas casas e ir para a casa de parentes, amigos ou hospedagens pagas saltou de 17.087 no boletim divulgado às 9h, para 23.598 na contabilidade encerrada ao meio-dia. Ao menos 7.949 pessoas que não tinham para onde ir ou como se deslocar seguem alojadas em abrigos públicos ou de entidades de assistência.

O nível do Guaíba, um dos principais rios do Estado, já é o maior desde 1941. Ruas do centro histórico da capital gaúcha e a rodoviária foram tomados pela água e população foi orientada a deixar a região.

O desastre climático é classificado como de grande intensidade, o que motivou decreto de calamidade pública pela prefeitura da capital gaúcha e pelo governo do Estado.

Propriedades rurais do interior do Rio Grande do Sul estão isoladas por causa dos efeitos das chuvas que assolam o Estado durante toda a semana. A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) relatou o impacto, provocado pela queda de barreiras em estradas e vias vicinais, além dos alagamentos. De acordo com o presidente da Gadolando, Marcos Tang, os produtores rurais também enfrentam a falta de combustível e alimentação para as vacas em suas fazendas. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)